Quando eu fiz 18 anos, pensei: "Ah, falta tanto tempo para eu chegar nos 20 e poucos". Naquele ano, tudo o que eu mais queria era aproveitar a maioridade e começar uma vida nova, onde eu fosse dona de mim e responsável por meus atos. Ou seja, eu queria era ser muito irresponsável e aproveitar para fazer besteiras sem ter que dar satisfação para os meus pais.
As coisas passaram tão rápido que nem vi passar! Redundante, eu sei... Mas o que antes parecia uma eternidade, agora parece voar e escorrer por entre meus dedos...
Tudo bem, eu sei que quem está lendo este texto deve estar pensando: "Peraí, essa guria recém fez 21 anos e tá reclamando que tá velha???". Eu sei, eu sei... Gosto de dar uma explicação astrológica para isso (ok, eu não acredito mais em horóscopo. Ok, todo mundo diz não acreditar em horóscopo, mas, pelo menos uma vez na vida, todos já deram uma olhadinha ali do lado das cruzadinhas no jornal): "O capricorniano é velho quando jovem e jovem quando velho." Sim, acreditem, eu tive uma adolescência ranzinza, reclamona e esclerosada. Além disso, ainda sou uma pessoa extremamente nostálgica e saudosista, - sim, percebi as duas últimas qualidades após a formatura - minhas histórias parecem de alguém que já está no fim da vida e que sente muitíssimas saudades daquele 'tempo que não volta mais'.
Sim, acreditem, as coisas estão melhorando... Acho que ainda tenho salvação! Talvez eu tenha um caso igual ao do Benjamin Button, só que mental. Talvez minhas experiências, misturadas com a maturidade (que parece estar chegando para ficar), me tornem uma pessoa mais 'jovem'. Mesmo que o corpo não venha a demonstrar...
Em todos meus aniversários, quando assopro a velinha, desejo ser feliz. Nos meus 21 não foi assim, resolvi não fazer pedidos e não criar expectativas. Aprendi que tudo fica mais quando não espero nada, pois tudo me surpreende. Se realmente dá certo, não sei. Mas bem que a minha gastrite parou de reclamar...
Por enquanto, tudo está muito tranquilo, calmo, bom (e aí está o motivo para tão poucas atualizações neste blog. Calmaria = falta de inspiração). Não pedi nada para 2012, também, e coisas muito boas já aconteceram.
Para finalizar esse texto, e não perder aquele velho costume de reclamar - ainda não estou velha o suficiente para ter uma mente tão jovem que não reclama de nada - preciso dizer que o fato é que as coisas estão até calmas demais, para dizer a verdade. Não está mais tudo cinza, como descrevi uma vez, está tudo num tom azul fraquinho à la Windows, em que não sei se está frio ou calor. Está tudo tão perfeitamente bem que às vezes dá uma sensação de vazio... Mas acho que não é falta de algo, mas sim vontade de adicionar. Talvez seja aquela falta de alguém legal que some coisas intensas e mais legais ainda para minha vida, mas isso é assunto para outros capítulos...
O pior passou, coisas boas estão a caminho.