Ora, ora…
Às vezes eu fico aqui pensando porque é tão difícil achar alguém bacana. Aquele alguém, que se possa cantar, sem errar, que “no meio de tanta gente eu encontrei você… Entre tanta gente chata sem nenhuma graça você veio”. Poder cantar de verdade, sem depois precisar ouvir aquela música sertaneja desgraçada, que todo mundo vira a cara, mas na hora da dor, a gente pega um fonezinho e ouve, chorando, no repeat. Aquela que se pergunta porque o sujeito foi embora, que morre de saudade e que a vida não presta. (...)
Mas este texto não é para falar do que não dá certo. Deixa pra lá. Hoje não. Hoje eu só quero saber do que pode dar certo ou pelo menos esperar pelo melhor.
Cazuza já disse que quem não sabe amar fica esperando alguém que caiba nos seus sonhos. Verdade. Não quero alguém perfeito. Quero alguém que junto comigo consiga lidar com nossas imperfeições. Alguém que tenha amigos, e que não viva só para mim, porque é muito desgastante ser responsável pelo sentido da vida de alguém. Que entenda os dias que estou nervosa, irritada, chata, implicante, de mau humor. Que minha falta de perfeição não seja motivo para desamor. Alguém que entenda que no dia que ele estiver nervoso, irritado, chato, implicante e de mau humor vai ser um dia que vou lhe deixar falando sozinho, mas que em casa eu vou desejar muito que chegue o dia seguinte para a gente fazer as pazes e dizer “porra, ontem você tava chato pra caralho, hein?”. Pode me chamar de boca suja também. Quero alguém para confiar. Alguém que me respeite. Alguém que não tenha 37 ex-namoradas que não desistem nunca. (...) Alguém que fique feliz comigo. Alguém que olhe uma mulé na rua, morra de tesão, mas que está doido mesmo é para chegar em casa pra me dar um beijo.
Acredito que as pessoas não precisam ser iguais. Não precisam completar frases. Não precisam gostar das mesmas coisas. Precisamos, sim, ter os mesmos valores. Que nossos conceitos sejam os mesmos… Consciência do que é respeito, sinceridade, amor e amizade.
Esse amor eu ainda não encontrei….um diferente de todos que amei. Será que eu encontro numa fila de cinema? Ou numa mesa de bar? Acho que vou perguntar para o Frejat.
Bem, dizem que dá azar procurar, né? Então vou ficar aqui só fingindo que não tô prestando atenção.
Por Bucéfala (A mais velha do grupo. A mais falante. A mais realista.) no livro "Mulé é um bicho burro mermo!".
Friday, October 30
Saturday, October 24
She's got the kind of look that defies gravity. She's a greatest cook and she's fat free. She's been to private school and she speaks perfect French. She's got the perfect friends. Oh, isn't she cool?
She practices Tai Chi. She's never lose her nerve. She's more than you deserve. She's just far better than me.
Don't bother, I won't die of deception. Don't feel sorry. And don't bother, I'll be fine but she's waiting. So don't bother, be unkind.
I'm sure she doesn't know how to touch you like I would. I beat her at that one good, don't you think so?
She must think I'm a flea. I'm really a cat, you see, and it's not my last life at all.
For you, I'd give up all I own and move to a communist country if you came with me, of course, And I'd file my nails so they don't hurt you. And lose those pounds. And learn about football if it made you stay but you won't, but you won't.
So don't bother, I'll be fine, I'll be fine. And after all I'm glad that I'm not your type, not your type, not your type, not your type. Promise you won't ever see me cry.
(Shakira)
She practices Tai Chi. She's never lose her nerve. She's more than you deserve. She's just far better than me.
Don't bother, I won't die of deception. Don't feel sorry. And don't bother, I'll be fine but she's waiting. So don't bother, be unkind.
I'm sure she doesn't know how to touch you like I would. I beat her at that one good, don't you think so?
She must think I'm a flea. I'm really a cat, you see, and it's not my last life at all.
For you, I'd give up all I own and move to a communist country if you came with me, of course, And I'd file my nails so they don't hurt you. And lose those pounds. And learn about football if it made you stay but you won't, but you won't.
So don't bother, I'll be fine, I'll be fine. And after all I'm glad that I'm not your type, not your type, not your type, not your type. Promise you won't ever see me cry.
(Shakira)
Tuesday, October 20
Conquista: pesos, medidas e prazo de validade
Hoje estava aqui pensando com meus fiéis amigos botões sobre esse maRdito (!!) jogo da conquista. É engraçado como essa fase inicial de qualquer relacionamento (ou tentativa de) é tipicamente marcada pela falta daquela dose de bom senso e naturalidade com que lidamos normalmente com todas as outras pessoas da face da Terra. É quase bizarro como todos nós, homens e mulheres, acabamos exagerando ou nos policiando demais nos "sinais" que damos ao outro de que estamos, sim, interessados - seja num romance eterno (ai, ai...) ou num pega delicioso (hummmm...). A virtude está no meio. Sei lá quem disse isso, mas é verdade. Então, aquele cara que você acha normalzinho, um feio simpático ou mesmo um bonitinho sem sal, você vai tratar legal, ser simpática, natural, vai conversar sem medo, mas também sem pendurar uma melancia no pescoço para aparecer; não vai encolher a barriga quando ele passar, não vai cruzar as pernas na frente dele tipo Instinto selvagem.
Por quê? Porque aquilo que não nos afeta é banal, indiferente e nos sentimos à vontade para sermos APENAS nós mesmos(as). Mas sabemos que a paixão deixa qualquer um meio pancada das ideias, e "racionalidade" é palavra riscada do dicionário. Então, amiga, se você observar comportamentos externos de sua parte ou dele, aí tem.
Por que você sentaria em todos os lugares possíveis da mesa, menos ao lado dele? Por que ele cumprimentaria todas, menos você? Por que você se arrumaria toda para ir ao aniversário dele num boteco? Por que ele fala alto e se exibe todo quando você passa? Por que você desvia o olhar quando percebe que ele percebeu que você estava olhando? Por que ele te olha direto e reto de longe, na maior cara de pau, e depois abaixa a cabeça quando se cruzam?
Por que você se arrepende da merda que falou, com medo do que ele vai pensar? Por que ele finge não saber aquele detalhe pessoal sobre sua vida? Por que você quer estar onde ele estiver? Por que ele ESTÁ em qualquer lugar em que você estiver? Por que você fica calada horas e de repente começa a falar do nada? Por que o tímido vira atirado e o atirado tímido? Por que o céu é azul? Por que o fogo queima? Por que eu tô aqui e você aí? Hein? Hein? rs...
(Eu já sei quase todas as respostas, menos o porquê de os homens acharem que falar de outras mulheres perto de você é contar vantagem. Nhé)
Adoro essa fase. Mesmo. é uma das fases mais gostosas desse jogo de sedução em que cada um aposta à sua maneira, sem saber se vai ganhar ou perder. Acho tudo lindo, emocionante mesmo esse suspense. Afinal, tudo o que é óbvio ou fácil demais perde a graça, não é mesmo?
Mas até esse "momento lindo" tem um prazo de validade. Não podemos ficar tempo demais só nessa fase de indícios e indiretas sem passar à ação. Temos que ter cuidado para não passar do ponto e dar a impressão errado ao nosso alvo. Se você for uma mulher, provavelmente vai logo ser acusada de rainha do cu doce. Se for homem, provavelmente sua possível candidata a maior musa de todos os tempos da última semana vai achar que seu interesse é só banho-maria (também conhecido como "massageador de ego" - mas isso é papo pra outro dia) e nunca vai passar a algo mais concreto e caliente.
Ninguém aqui quer ser pudim. Se é pra cozinhar, prefiro virar logo churrasco e saber o que me espera - ou não. Porque esses pratinhos megaelaborados podem até ser uma delícia, daquelas em que você vicia pro resto da vida, mas se demorar muito e a fome apertar, eu vou lá na esquina comprar um dogão e já volto.
Tradução/moral da história "for dummies": ou fode ou sai de cima.
Por Jujumenta (A mais ruiva (no momento). A mais avoada. A mais sonhadora.) no livro "Mulé é um bicho burro mermo!"
Por quê? Porque aquilo que não nos afeta é banal, indiferente e nos sentimos à vontade para sermos APENAS nós mesmos(as). Mas sabemos que a paixão deixa qualquer um meio pancada das ideias, e "racionalidade" é palavra riscada do dicionário. Então, amiga, se você observar comportamentos externos de sua parte ou dele, aí tem.
Por que você sentaria em todos os lugares possíveis da mesa, menos ao lado dele? Por que ele cumprimentaria todas, menos você? Por que você se arrumaria toda para ir ao aniversário dele num boteco? Por que ele fala alto e se exibe todo quando você passa? Por que você desvia o olhar quando percebe que ele percebeu que você estava olhando? Por que ele te olha direto e reto de longe, na maior cara de pau, e depois abaixa a cabeça quando se cruzam?
Por que você se arrepende da merda que falou, com medo do que ele vai pensar? Por que ele finge não saber aquele detalhe pessoal sobre sua vida? Por que você quer estar onde ele estiver? Por que ele ESTÁ em qualquer lugar em que você estiver? Por que você fica calada horas e de repente começa a falar do nada? Por que o tímido vira atirado e o atirado tímido? Por que o céu é azul? Por que o fogo queima? Por que eu tô aqui e você aí? Hein? Hein? rs...
(Eu já sei quase todas as respostas, menos o porquê de os homens acharem que falar de outras mulheres perto de você é contar vantagem. Nhé)
Adoro essa fase. Mesmo. é uma das fases mais gostosas desse jogo de sedução em que cada um aposta à sua maneira, sem saber se vai ganhar ou perder. Acho tudo lindo, emocionante mesmo esse suspense. Afinal, tudo o que é óbvio ou fácil demais perde a graça, não é mesmo?
Mas até esse "momento lindo" tem um prazo de validade. Não podemos ficar tempo demais só nessa fase de indícios e indiretas sem passar à ação. Temos que ter cuidado para não passar do ponto e dar a impressão errado ao nosso alvo. Se você for uma mulher, provavelmente vai logo ser acusada de rainha do cu doce. Se for homem, provavelmente sua possível candidata a maior musa de todos os tempos da última semana vai achar que seu interesse é só banho-maria (também conhecido como "massageador de ego" - mas isso é papo pra outro dia) e nunca vai passar a algo mais concreto e caliente.
Ninguém aqui quer ser pudim. Se é pra cozinhar, prefiro virar logo churrasco e saber o que me espera - ou não. Porque esses pratinhos megaelaborados podem até ser uma delícia, daquelas em que você vicia pro resto da vida, mas se demorar muito e a fome apertar, eu vou lá na esquina comprar um dogão e já volto.
Tradução/moral da história "for dummies": ou fode ou sai de cima.
Por Jujumenta (A mais ruiva (no momento). A mais avoada. A mais sonhadora.) no livro "Mulé é um bicho burro mermo!"
Tuesday, October 13
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