Wednesday, December 23
Relato de uma ex-loira
Fiquei loira depois que terminei um relacionamento típico de novela mexicana(...). Eram muitas mudanças. Talvez por isso, senti aquela louca vontade de mudar a aparência. Como morro de medo de cortar os cabelos (não conte a ninguém!) eu fiz umas mechinhas que me deixaram loira.
Apesar da pele e cabelos claros, não me reconheci no espelho quando me vi pela primeira vez com aquelas luzes na cabeça! (...)fui convencida a ficar com o novo look por um tempo. Claro que me acostumei! E gostei tanto que segui loira. Até (...) quando tive um novo surto, fui ao salão e escureci meus cabelos.
Dessa vez não me assustei. Aliás, no primeiro dia estava me sentindo a Alzira e seria capaz de dançar pole dance e tudo, se eu tivesse um Juvenal mais novo que o Antônio Fagundes, claro! Como não tinha, fui desfilar minhas novas madeixas noite afora, não só para testar a reação dos amigos, mas para ver se realmente as loiras fazem mais sucesso que as morenas.
Foi difícil me arrumar. Achava que minhas roupas não combinavam com a cor dos meus cabelos e que meu batom cor de boca não realçava minha pele. Confesso que não sou do tipo que anda com maquiagem na bolsa e só sai de casa com batom, mas com meus olhos verdes reluzindo feito faróis precisavam de menos destaque. Coisa de mulherzinha. E não vou perder mais tempo explicando, porque quem é mulher entende bem e quem é homem nunca vai entender! Achei um vestido e um batom que combinassem com o cabelo e lá fui eu.
Se os homens preferem as loiras eu não sei precisar, mas sei que as cantadas que passei a receber são com-ple-ta-men-te diferentes da que recebia com as mechas oxigenadas. Confesso que isso me deixa mais encabulada ainda quanto ao raciocínio masculino, pois embora continue a mesma, passei a ser linda ao invés de gostosa.
As cantadas passaram a ser mais sutis e românticas. Elogiam meus olhos. Mandam bilhetes. Pode ter sido só uma questão de sorte, admito, mas até agora não escutei nenhuma daquelas cantadas chulas, nojentas e deprimentes que alguns homo sapiens babaquis costumam dizer quando passam uma mulher na rua. Se continuam dizendo, eu não estou ouvindo. Não dizem que pequenas mudanças transformam as pessoas? Vai ver a tinta atingiu os tímpanos e fiquei um pouco surda! Estou aberta (ops!) a todo tipo de interpretação. Inclusive, a de que fiquei horrorosa morena e que só me chamam de linda na ausência de uma loiraça belzebu para darem uma cantada.
Uma amiga que nem viu meu novo cabelo chegou a dizer que independente da coloração, minha alma é de paquita. Com medo de saber o que isso significa, nem perguntei. Mas a maioria que viu, aprovou. O que não tem muita importância, já que eu, a dona da cabeleira castanhíssima, estou me sentindo. Não sei por quanto tempo, já que tenho sonhado que lavo os cabelos e a cor luz de sol volta a aparecer.
Por não fazer mais parte do time das descoloridas, preciso desabafar: essa mania de achar que toda loira é fútil, burra e fácil, que de certa maneira, se reproduz até nas investidas que os homens se atrevem a dar, é ridículo. Claro que não mudei a cor dos cabelos por causa disso. Para ser sincera, até poucos dias atrás, eu achava que todas as cantadas eram iguais! Agora, tingida, eu vejo que no imaginário masculino todas as loiras são Marilyn Moores, Madonnas ou sonham em dançar no tchan.
Desse conhecimento empírico, tirei uma lição importante: se quer um comportamento diferente do homem, mude sua cabeça. Não entenda tudo errado! Não estou mandando ninguém raspar os cabelos para que o homem veja sua beleza interior, fique morena do dia para noite para ser considerada mais inteligente (ou menos burra!), ou passe a descolorir os cabelos para ser considerada sexy. Ou estou, se acha que irá se sentir bem com você mesma. Estou sugerindo, isso sim, mudar a cor da sua cabeça e não os cabelos que estão em cima dela. Os homens e suas cantadas, assim, como a vida, têm a cor que a gente pinta.
Por Idiotilde no livro "Mulé é um bicho burro mermo".
Tuesday, December 15
Um pouco de Vinicius
O verbo no infinito
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer,
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...
O início da obra de Vinicius de Moraes segue uma aliança com o Neo-Simbolismo, o qual traz uma renovação católica da década de 30, além de uma reformulação do lado espiritual humano. Vários poemas do autor enquadram-se nesta fase de temática bíblica. Porém, com o passar dos anos, as poesias foram focando um erotismo que passava a entrar em contradição com a sua formação religiosa.
Após essa fase de dicotomia entre prazer da carne e princípios cristãos, infelicidade e felicidade, Vinicius de Moraes partiu para uma segunda fase poética: a temática social e a visão de amor do poeta. Há diferenças na estrutura da primeira fase poética do escritor em relação à segunda: a mudança dos versos longos e melancólicos para uma linguagem mais objetiva e coloquial.
É um dos fundadores do movimento revolucionário na música brasileira, chamado de “Bossa Nova”, juntamente com Tom Jobim e João Gilberto. Com essa nova empreitada no mundo da música, Vinicius de Moraes abandonou a diplomacia e se tornou músico, compôs diversas letras e viajou através das excursões musicais. Durante esse período viveu intensamente os altos e baixos da vida boêmia, além de vários casamentos.
Vinicius de Moraes foi um poeta que marcou a literatura e a música, e até hoje é relembrado, inclusive em nomes de avenidas, ruas, perfumes, etc.
Fui pesquisar pro trabalho de Teoria da Literatura II e apaixonei.
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer,
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...
O início da obra de Vinicius de Moraes segue uma aliança com o Neo-Simbolismo, o qual traz uma renovação católica da década de 30, além de uma reformulação do lado espiritual humano. Vários poemas do autor enquadram-se nesta fase de temática bíblica. Porém, com o passar dos anos, as poesias foram focando um erotismo que passava a entrar em contradição com a sua formação religiosa.
Após essa fase de dicotomia entre prazer da carne e princípios cristãos, infelicidade e felicidade, Vinicius de Moraes partiu para uma segunda fase poética: a temática social e a visão de amor do poeta. Há diferenças na estrutura da primeira fase poética do escritor em relação à segunda: a mudança dos versos longos e melancólicos para uma linguagem mais objetiva e coloquial.
É um dos fundadores do movimento revolucionário na música brasileira, chamado de “Bossa Nova”, juntamente com Tom Jobim e João Gilberto. Com essa nova empreitada no mundo da música, Vinicius de Moraes abandonou a diplomacia e se tornou músico, compôs diversas letras e viajou através das excursões musicais. Durante esse período viveu intensamente os altos e baixos da vida boêmia, além de vários casamentos.
Vinicius de Moraes foi um poeta que marcou a literatura e a música, e até hoje é relembrado, inclusive em nomes de avenidas, ruas, perfumes, etc.
Fui pesquisar pro trabalho de Teoria da Literatura II e apaixonei.
Friday, December 4
PROMOÇÃO: Renove sua estante!
Você concorre a 10 livros, os maiores lançamentos do ano!
É só ir nesse site: http://www.skoob.com.br/promocao/codigo/65084 cadastrar e torcer!
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Monday, November 30
because she is me
I hate the girl that is so in love.
I hate the girl that is so in love she blushes the minute he walks into the room.
I hate the girl that is so in love she can’t think of anything but him.
I hate the girl that is so in love she becomes speechless.
I hate the girl that is so in love that the only movie she can see is The Notebook.
I hate the girl that is so in love she feels sick when he is not with her.
I hate the girl that is so in love she imagines their entire future together.
I hate the girl that is so in love she becomes naive.
The reason I hate this girl is because she is me. You might be wondering what the reason for all the hate is. The reason is simple, the girl's love was and will never be answered.
(Le Love)
Wednesday, November 25
nada é por acaso
“Sempre acho que nada é por acaso”, eu disse esses dias pro meu pai.
E é engraçado a gente parar pra pensar nas coisas do passado (nem precisa ser tão passado assim, pode ser um mês atrás) e ver que elas não foram em vão. Na época você obviamente achou que aquele fora tinha sido a pior coisa pela qual passou, que aquela ratiada da sua amiga era imperdoável e impossível de esquecer, que aquele emprego que você recusou era perfeito e você perdeu.
Mas, se analisar hoje em dia, você vai ver que foi melhor assim. No fundo, aquele fora fez você conhecer pessoas maravilhosas que hoje fazem parte da sua vida, por causa da ratiada da sua amiga a amizade se fortaleceu e hoje vocês são inseparáveis e o emprego que você recusou nem era tão legal assim.
É verdade que algumas situações esquisitas se tornam inesquecíveis na nossa vida, a ponto de querermos relembrar sempre e talvez até revivê-las, ao mesmo tempo em que outras a gente poderia simplesmente esquecer pra sempre.
O que importa, na verdade, é que a gente não vai esquecer. Nem as coisas boas, nem as ruins. E acaba sendo melhor assim, porque é desse jeito que vivemos, ganhamos experiência e aprendemos com a vida. Falando nisso, será que dá pra calcular quanto eu aprendi nos últimos 18 anos? E o quanto eu aprenderei nos próximos 18? Ou nos próximos 50?
INSPIRAÇÃO RULES!
E é engraçado a gente parar pra pensar nas coisas do passado (nem precisa ser tão passado assim, pode ser um mês atrás) e ver que elas não foram em vão. Na época você obviamente achou que aquele fora tinha sido a pior coisa pela qual passou, que aquela ratiada da sua amiga era imperdoável e impossível de esquecer, que aquele emprego que você recusou era perfeito e você perdeu.
Mas, se analisar hoje em dia, você vai ver que foi melhor assim. No fundo, aquele fora fez você conhecer pessoas maravilhosas que hoje fazem parte da sua vida, por causa da ratiada da sua amiga a amizade se fortaleceu e hoje vocês são inseparáveis e o emprego que você recusou nem era tão legal assim.
É verdade que algumas situações esquisitas se tornam inesquecíveis na nossa vida, a ponto de querermos relembrar sempre e talvez até revivê-las, ao mesmo tempo em que outras a gente poderia simplesmente esquecer pra sempre.
O que importa, na verdade, é que a gente não vai esquecer. Nem as coisas boas, nem as ruins. E acaba sendo melhor assim, porque é desse jeito que vivemos, ganhamos experiência e aprendemos com a vida. Falando nisso, será que dá pra calcular quanto eu aprendi nos últimos 18 anos? E o quanto eu aprenderei nos próximos 18? Ou nos próximos 50?
INSPIRAÇÃO RULES!
Saturday, November 21
Lamentável
Odeio ver essa quadrado em branco (ou em verde, como preferirem). E eu acho que é porque isso quer dizer que minhas ideias andam indo pelo mesmo caminho. Sem mais.
Friday, October 30
Procuro um amor que seja bom pra mim...
Ora, ora…
Às vezes eu fico aqui pensando porque é tão difícil achar alguém bacana. Aquele alguém, que se possa cantar, sem errar, que “no meio de tanta gente eu encontrei você… Entre tanta gente chata sem nenhuma graça você veio”. Poder cantar de verdade, sem depois precisar ouvir aquela música sertaneja desgraçada, que todo mundo vira a cara, mas na hora da dor, a gente pega um fonezinho e ouve, chorando, no repeat. Aquela que se pergunta porque o sujeito foi embora, que morre de saudade e que a vida não presta. (...)
Mas este texto não é para falar do que não dá certo. Deixa pra lá. Hoje não. Hoje eu só quero saber do que pode dar certo ou pelo menos esperar pelo melhor.
Cazuza já disse que quem não sabe amar fica esperando alguém que caiba nos seus sonhos. Verdade. Não quero alguém perfeito. Quero alguém que junto comigo consiga lidar com nossas imperfeições. Alguém que tenha amigos, e que não viva só para mim, porque é muito desgastante ser responsável pelo sentido da vida de alguém. Que entenda os dias que estou nervosa, irritada, chata, implicante, de mau humor. Que minha falta de perfeição não seja motivo para desamor. Alguém que entenda que no dia que ele estiver nervoso, irritado, chato, implicante e de mau humor vai ser um dia que vou lhe deixar falando sozinho, mas que em casa eu vou desejar muito que chegue o dia seguinte para a gente fazer as pazes e dizer “porra, ontem você tava chato pra caralho, hein?”. Pode me chamar de boca suja também. Quero alguém para confiar. Alguém que me respeite. Alguém que não tenha 37 ex-namoradas que não desistem nunca. (...) Alguém que fique feliz comigo. Alguém que olhe uma mulé na rua, morra de tesão, mas que está doido mesmo é para chegar em casa pra me dar um beijo.
Acredito que as pessoas não precisam ser iguais. Não precisam completar frases. Não precisam gostar das mesmas coisas. Precisamos, sim, ter os mesmos valores. Que nossos conceitos sejam os mesmos… Consciência do que é respeito, sinceridade, amor e amizade.
Esse amor eu ainda não encontrei….um diferente de todos que amei. Será que eu encontro numa fila de cinema? Ou numa mesa de bar? Acho que vou perguntar para o Frejat.
Bem, dizem que dá azar procurar, né? Então vou ficar aqui só fingindo que não tô prestando atenção.
Por Bucéfala (A mais velha do grupo. A mais falante. A mais realista.) no livro "Mulé é um bicho burro mermo!".
Às vezes eu fico aqui pensando porque é tão difícil achar alguém bacana. Aquele alguém, que se possa cantar, sem errar, que “no meio de tanta gente eu encontrei você… Entre tanta gente chata sem nenhuma graça você veio”. Poder cantar de verdade, sem depois precisar ouvir aquela música sertaneja desgraçada, que todo mundo vira a cara, mas na hora da dor, a gente pega um fonezinho e ouve, chorando, no repeat. Aquela que se pergunta porque o sujeito foi embora, que morre de saudade e que a vida não presta. (...)
Mas este texto não é para falar do que não dá certo. Deixa pra lá. Hoje não. Hoje eu só quero saber do que pode dar certo ou pelo menos esperar pelo melhor.
Cazuza já disse que quem não sabe amar fica esperando alguém que caiba nos seus sonhos. Verdade. Não quero alguém perfeito. Quero alguém que junto comigo consiga lidar com nossas imperfeições. Alguém que tenha amigos, e que não viva só para mim, porque é muito desgastante ser responsável pelo sentido da vida de alguém. Que entenda os dias que estou nervosa, irritada, chata, implicante, de mau humor. Que minha falta de perfeição não seja motivo para desamor. Alguém que entenda que no dia que ele estiver nervoso, irritado, chato, implicante e de mau humor vai ser um dia que vou lhe deixar falando sozinho, mas que em casa eu vou desejar muito que chegue o dia seguinte para a gente fazer as pazes e dizer “porra, ontem você tava chato pra caralho, hein?”. Pode me chamar de boca suja também. Quero alguém para confiar. Alguém que me respeite. Alguém que não tenha 37 ex-namoradas que não desistem nunca. (...) Alguém que fique feliz comigo. Alguém que olhe uma mulé na rua, morra de tesão, mas que está doido mesmo é para chegar em casa pra me dar um beijo.
Acredito que as pessoas não precisam ser iguais. Não precisam completar frases. Não precisam gostar das mesmas coisas. Precisamos, sim, ter os mesmos valores. Que nossos conceitos sejam os mesmos… Consciência do que é respeito, sinceridade, amor e amizade.
Esse amor eu ainda não encontrei….um diferente de todos que amei. Será que eu encontro numa fila de cinema? Ou numa mesa de bar? Acho que vou perguntar para o Frejat.
Bem, dizem que dá azar procurar, né? Então vou ficar aqui só fingindo que não tô prestando atenção.
Por Bucéfala (A mais velha do grupo. A mais falante. A mais realista.) no livro "Mulé é um bicho burro mermo!".
Saturday, October 24
She's got the kind of look that defies gravity. She's a greatest cook and she's fat free. She's been to private school and she speaks perfect French. She's got the perfect friends. Oh, isn't she cool?
She practices Tai Chi. She's never lose her nerve. She's more than you deserve. She's just far better than me.
Don't bother, I won't die of deception. Don't feel sorry. And don't bother, I'll be fine but she's waiting. So don't bother, be unkind.
I'm sure she doesn't know how to touch you like I would. I beat her at that one good, don't you think so?
She must think I'm a flea. I'm really a cat, you see, and it's not my last life at all.
For you, I'd give up all I own and move to a communist country if you came with me, of course, And I'd file my nails so they don't hurt you. And lose those pounds. And learn about football if it made you stay but you won't, but you won't.
So don't bother, I'll be fine, I'll be fine. And after all I'm glad that I'm not your type, not your type, not your type, not your type. Promise you won't ever see me cry.
(Shakira)
She practices Tai Chi. She's never lose her nerve. She's more than you deserve. She's just far better than me.
Don't bother, I won't die of deception. Don't feel sorry. And don't bother, I'll be fine but she's waiting. So don't bother, be unkind.
I'm sure she doesn't know how to touch you like I would. I beat her at that one good, don't you think so?
She must think I'm a flea. I'm really a cat, you see, and it's not my last life at all.
For you, I'd give up all I own and move to a communist country if you came with me, of course, And I'd file my nails so they don't hurt you. And lose those pounds. And learn about football if it made you stay but you won't, but you won't.
So don't bother, I'll be fine, I'll be fine. And after all I'm glad that I'm not your type, not your type, not your type, not your type. Promise you won't ever see me cry.
(Shakira)
Tuesday, October 20
Conquista: pesos, medidas e prazo de validade
Hoje estava aqui pensando com meus fiéis amigos botões sobre esse maRdito (!!) jogo da conquista. É engraçado como essa fase inicial de qualquer relacionamento (ou tentativa de) é tipicamente marcada pela falta daquela dose de bom senso e naturalidade com que lidamos normalmente com todas as outras pessoas da face da Terra. É quase bizarro como todos nós, homens e mulheres, acabamos exagerando ou nos policiando demais nos "sinais" que damos ao outro de que estamos, sim, interessados - seja num romance eterno (ai, ai...) ou num pega delicioso (hummmm...). A virtude está no meio. Sei lá quem disse isso, mas é verdade. Então, aquele cara que você acha normalzinho, um feio simpático ou mesmo um bonitinho sem sal, você vai tratar legal, ser simpática, natural, vai conversar sem medo, mas também sem pendurar uma melancia no pescoço para aparecer; não vai encolher a barriga quando ele passar, não vai cruzar as pernas na frente dele tipo Instinto selvagem.
Por quê? Porque aquilo que não nos afeta é banal, indiferente e nos sentimos à vontade para sermos APENAS nós mesmos(as). Mas sabemos que a paixão deixa qualquer um meio pancada das ideias, e "racionalidade" é palavra riscada do dicionário. Então, amiga, se você observar comportamentos externos de sua parte ou dele, aí tem.
Por que você sentaria em todos os lugares possíveis da mesa, menos ao lado dele? Por que ele cumprimentaria todas, menos você? Por que você se arrumaria toda para ir ao aniversário dele num boteco? Por que ele fala alto e se exibe todo quando você passa? Por que você desvia o olhar quando percebe que ele percebeu que você estava olhando? Por que ele te olha direto e reto de longe, na maior cara de pau, e depois abaixa a cabeça quando se cruzam?
Por que você se arrepende da merda que falou, com medo do que ele vai pensar? Por que ele finge não saber aquele detalhe pessoal sobre sua vida? Por que você quer estar onde ele estiver? Por que ele ESTÁ em qualquer lugar em que você estiver? Por que você fica calada horas e de repente começa a falar do nada? Por que o tímido vira atirado e o atirado tímido? Por que o céu é azul? Por que o fogo queima? Por que eu tô aqui e você aí? Hein? Hein? rs...
(Eu já sei quase todas as respostas, menos o porquê de os homens acharem que falar de outras mulheres perto de você é contar vantagem. Nhé)
Adoro essa fase. Mesmo. é uma das fases mais gostosas desse jogo de sedução em que cada um aposta à sua maneira, sem saber se vai ganhar ou perder. Acho tudo lindo, emocionante mesmo esse suspense. Afinal, tudo o que é óbvio ou fácil demais perde a graça, não é mesmo?
Mas até esse "momento lindo" tem um prazo de validade. Não podemos ficar tempo demais só nessa fase de indícios e indiretas sem passar à ação. Temos que ter cuidado para não passar do ponto e dar a impressão errado ao nosso alvo. Se você for uma mulher, provavelmente vai logo ser acusada de rainha do cu doce. Se for homem, provavelmente sua possível candidata a maior musa de todos os tempos da última semana vai achar que seu interesse é só banho-maria (também conhecido como "massageador de ego" - mas isso é papo pra outro dia) e nunca vai passar a algo mais concreto e caliente.
Ninguém aqui quer ser pudim. Se é pra cozinhar, prefiro virar logo churrasco e saber o que me espera - ou não. Porque esses pratinhos megaelaborados podem até ser uma delícia, daquelas em que você vicia pro resto da vida, mas se demorar muito e a fome apertar, eu vou lá na esquina comprar um dogão e já volto.
Tradução/moral da história "for dummies": ou fode ou sai de cima.
Por Jujumenta (A mais ruiva (no momento). A mais avoada. A mais sonhadora.) no livro "Mulé é um bicho burro mermo!"
Por quê? Porque aquilo que não nos afeta é banal, indiferente e nos sentimos à vontade para sermos APENAS nós mesmos(as). Mas sabemos que a paixão deixa qualquer um meio pancada das ideias, e "racionalidade" é palavra riscada do dicionário. Então, amiga, se você observar comportamentos externos de sua parte ou dele, aí tem.
Por que você sentaria em todos os lugares possíveis da mesa, menos ao lado dele? Por que ele cumprimentaria todas, menos você? Por que você se arrumaria toda para ir ao aniversário dele num boteco? Por que ele fala alto e se exibe todo quando você passa? Por que você desvia o olhar quando percebe que ele percebeu que você estava olhando? Por que ele te olha direto e reto de longe, na maior cara de pau, e depois abaixa a cabeça quando se cruzam?
Por que você se arrepende da merda que falou, com medo do que ele vai pensar? Por que ele finge não saber aquele detalhe pessoal sobre sua vida? Por que você quer estar onde ele estiver? Por que ele ESTÁ em qualquer lugar em que você estiver? Por que você fica calada horas e de repente começa a falar do nada? Por que o tímido vira atirado e o atirado tímido? Por que o céu é azul? Por que o fogo queima? Por que eu tô aqui e você aí? Hein? Hein? rs...
(Eu já sei quase todas as respostas, menos o porquê de os homens acharem que falar de outras mulheres perto de você é contar vantagem. Nhé)
Adoro essa fase. Mesmo. é uma das fases mais gostosas desse jogo de sedução em que cada um aposta à sua maneira, sem saber se vai ganhar ou perder. Acho tudo lindo, emocionante mesmo esse suspense. Afinal, tudo o que é óbvio ou fácil demais perde a graça, não é mesmo?
Mas até esse "momento lindo" tem um prazo de validade. Não podemos ficar tempo demais só nessa fase de indícios e indiretas sem passar à ação. Temos que ter cuidado para não passar do ponto e dar a impressão errado ao nosso alvo. Se você for uma mulher, provavelmente vai logo ser acusada de rainha do cu doce. Se for homem, provavelmente sua possível candidata a maior musa de todos os tempos da última semana vai achar que seu interesse é só banho-maria (também conhecido como "massageador de ego" - mas isso é papo pra outro dia) e nunca vai passar a algo mais concreto e caliente.
Ninguém aqui quer ser pudim. Se é pra cozinhar, prefiro virar logo churrasco e saber o que me espera - ou não. Porque esses pratinhos megaelaborados podem até ser uma delícia, daquelas em que você vicia pro resto da vida, mas se demorar muito e a fome apertar, eu vou lá na esquina comprar um dogão e já volto.
Tradução/moral da história "for dummies": ou fode ou sai de cima.
Por Jujumenta (A mais ruiva (no momento). A mais avoada. A mais sonhadora.) no livro "Mulé é um bicho burro mermo!"
Tuesday, October 13
Saturday, September 26
pedaços de mim
Eu sou feita de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos
Sou feita de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão
Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci
Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante
Já
Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas
Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar
Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei
Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo
(quem será a autora?)
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos
Sou feita de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão
Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci
Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante
Já
Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas
Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar
Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei
Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo
(quem será a autora?)
Thursday, September 24
humdrum
Hey you're too true to be good and I'm too bad to pretend. Transparent and transfixed, I'm uncool.
Heart beat you're looking at me. Must stop I'm letting you see. This isn't how I want it to be.
I have visions like no other. So romantic you'll discover.
I wanna take you for granted, drift while you're talking, bathe while you're downstairs and chat on the phone.
Fall asleep before bedtime, pass in the hallway, forget your birthday and shrink all your clothes.(I wanna)
I have daydreams of another. So romantic you'll discover.
Did I say that out loud?
Saturday, September 12
Dressed up to the eyes
It's a wonderful surprise
To see your shoes and your spirits rise
throwing out your frown
and just smiling at the sound
and as sleek as a shriek
spinning round and round
Always take a big bite
It's such a gorgeous sight
to see you eat in the middle of the night
you can never get enough
Enough of this stuff
(...)
I'm in love.
(The Cure)
It's a wonderful surprise
To see your shoes and your spirits rise
throwing out your frown
and just smiling at the sound
and as sleek as a shriek
spinning round and round
Always take a big bite
It's such a gorgeous sight
to see you eat in the middle of the night
you can never get enough
Enough of this stuff
(...)
I'm in love.
(The Cure)
Friday, September 4
You may not be her first, her last, or her only. She loved before she may love again. But if she loves you now, what else matters? She's not perfect - you aren't either, and the two of you may never be perfect together but if she can make you laugh, cause you to think twice, and admit to being human and making mistakes, hold onto her and give her the most you can. She may not be thinking about you every second of the day, but she will give you a part of her that she knows you can break - her heart. So don't hurt her, don't change her, don't analyze and don't expect more than she can give. Smile when she makes you happy, let her know when she makes you mad, and miss her when she's not there." -Bob Marley
Wednesday, September 2
I haven't slept at all in days
It's been so long since we have talked
And I have been here many times
I just don't know what i'm doing wrong
What can I do to make you love me?
What can I do to make you care?
What can I say to make you feel this?
What can I do to get you there?
There's only so much I can take
And i just got to let it go
And who knows I might feel better
If I don't try and I don't hope
No more waiting, no more aching,
No more fighting, no more trying...
Maybe there's nothing more to say
And in a funny way I'm calm
Because the power is not mine
I'm just gonna let it fly
(The Corrs)
It's been so long since we have talked
And I have been here many times
I just don't know what i'm doing wrong
What can I do to make you love me?
What can I do to make you care?
What can I say to make you feel this?
What can I do to get you there?
There's only so much I can take
And i just got to let it go
And who knows I might feel better
If I don't try and I don't hope
No more waiting, no more aching,
No more fighting, no more trying...
Maybe there's nothing more to say
And in a funny way I'm calm
Because the power is not mine
I'm just gonna let it fly
(The Corrs)
Monday, August 31
ilusão
Acho que a paixão é uma ilusão, raramente nos apaixonamos pela pessoa real e sim por uma construção nossa, idealização, fantasia.
Aliás, nós não nos apaixonamos somente pela pessoa, nos apaixonamos por coisas, por ideais, por vontades, por ideias, por imagens, enfim, por um monte de situações que nos despertam uma emoção fortíssima. E também raramente é pela pessoa em si que nos apaixonamos e sim por toda a elaboração que fazemos dela, a construção, a maneira como vemos a pessoa, aquilo que é nosso e que transforma a realidade.
Depois do impacto da paixão vem o estalo da realidade. Estalo porque pode ser de uma forma brusca que percebemos de repente a outra face daquele por quem nos apaixonamos. Também pode ser um processo demorado, mas raramente é um processo calmo. E raramente chega ao fim, ou melhor, quando chega ao fim a paixão acaba.
Porque se nos pudéssemos tirar do outro toda a imagem fantasiosa, examinar com o olhar, como um cirurgião, o corpo da nossa paixão e tirar dele a capa que a ilusão forma como quem desembrulha com rasgões definitivos um presente de Natal, se nós pudéssemos abandonar toda essa idealização, que graça teria o mundo?
Será que nos apaixonaríamos por alguém se realmente fossemos capazes de ver o outro exatamente como ele é, na realidade crua e concreta? E que olho humano conseguiria isso?
É que a capacidade de ilusão é aquilo que nos torna únicos uns para os outros, que nos emociona, nos engrandece e nos escolhe.
*AS FÉRIAS MENTAIS ACABARAM. VOLTEI PRA FURG, ME INSPIREI.
Thursday, August 20
We'll do it all. Everything on our own.
We don't need anything or anyone.
If I lay here, if I just lay here would you lay with me and just forget the world?
I don't quite know how to say how I feel.
Those three words are said too much. They're not enough.
If I lay here, if I just lay here would you lay with me and just forget the world?
Forget what we're told before we get too old. Show me a garden that's bursting into life.
Let's waste time chasing cars around our heads.
I need your grace to remind me to find my own.
(...)
All that I am, all that I ever was is here in your perfect eyes. They're all I can see.
I don't know where, confused about how as well, just know that these things will never change for us at all.
If I lay here, if I just lay here would you lay with me and just forget the world?
Snow Patrol - Chasing Cars
Wednesday, August 12
take these sunken eyes and learn to see
Blackbird singing in the dead of the night take these broken wings and learn to fly.
All your life you were only waiting for this moment to arise.
Blackbird singing in the dead of the night take these sunken eyes and learn to see.
All your life you were only waiting for this moment to be free.
Blackbird fly, Blackbird fly into the light of the dark black night.
Blackbird singing in the dead of the night take these broken wings and learn to fly.
All your life you were only waiting for this moment to arive. You were only waiting for this moment to arive. You were only waiting for this moment to arive.
The Beatles - Blackbird
p.s. O momento sem inspiração continua. TÔ DE FÉRIAS MENTAL.
Sunday, August 2
Ah, look at all the lonely people!
Eleanor Rigby picks up the rice in the church where a wedding has been. Lives in a dream. Waits at the window wearing a face that she keeps in a jar by the door. Who is it for?
Father Mckenzie, writing the words of a sermon that no one will hear. No one comes near. Look at him working, darning his socks in the night when there´s nobody there. What does he care?
Eleanor Rigby died in the church and was buried along with her name. Nobody came.
Father Mckenzie wiping the dirt from his hands as he walks from the grave. No one was saved.
All the lonely people, where do they all come from?
All the lonely people, where do they all belong?
Beatles - Eleanor Rigby
Father Mckenzie, writing the words of a sermon that no one will hear. No one comes near. Look at him working, darning his socks in the night when there´s nobody there. What does he care?
Eleanor Rigby died in the church and was buried along with her name. Nobody came.
Father Mckenzie wiping the dirt from his hands as he walks from the grave. No one was saved.
All the lonely people, where do they all come from?
All the lonely people, where do they all belong?
Beatles - Eleanor Rigby
Saturday, July 18
Viciadinha em Scracho
Ahhhh! Se você descobrisse o que eu sinto por você.
A vida faz sentido, você me faz querer viver.
Tudo que você pedisse iria buscar pra você: a lua, o mar e as estrelas.
Mudo os meus planos pra poder te ver.
Quanto tempo faz? Não importa mais.
Você é meu vicio, assumo e digo mais, nada teria valor se não tivesse ao meu lado você que me dá tudo que eu preciso. Com você eu faço do inferno o paraíso!
Ahhhh! Se você me dissesse que não quer mais me ver o meu corpo treme todo só de pensar em te perder. Mas eu não desanimaria, mesmo que fosse me enlouquecer. Loucura maior seria aceitar viver sem você.
Quanto tempo faz? Não importa mais.
Você é meu vicio, assumo e digo mais, nada teria valor se não tivesse ao meu lado você que me dá tudo que eu preciso. Com você eu faço do inferno o paraíso!
E assim como Dante por Bia por causa de seu sorriso, eu sigo pro inferno e volto ao paraíso só pra poder te ver, só pra te encontrar.
A tua estrela é o que me guiará.
O amor me move, só por ele eu falo.
Sem ter você o purgatório é o intervalo.
Entre o céu e a Terra, entre o ter e o não te ter não há distância que me faça te esquecer!
Quanto tempo faz? Não importa mais.
Você é meu vicio, assumo e digo mais, nada teria valor se não tivesse ao meu lado você que me dá tudo que eu preciso. Com você eu faço do inferno o paraíso!
Divina comédia
A vida faz sentido, você me faz querer viver.
Tudo que você pedisse iria buscar pra você: a lua, o mar e as estrelas.
Mudo os meus planos pra poder te ver.
Quanto tempo faz? Não importa mais.
Você é meu vicio, assumo e digo mais, nada teria valor se não tivesse ao meu lado você que me dá tudo que eu preciso. Com você eu faço do inferno o paraíso!
Ahhhh! Se você me dissesse que não quer mais me ver o meu corpo treme todo só de pensar em te perder. Mas eu não desanimaria, mesmo que fosse me enlouquecer. Loucura maior seria aceitar viver sem você.
Quanto tempo faz? Não importa mais.
Você é meu vicio, assumo e digo mais, nada teria valor se não tivesse ao meu lado você que me dá tudo que eu preciso. Com você eu faço do inferno o paraíso!
E assim como Dante por Bia por causa de seu sorriso, eu sigo pro inferno e volto ao paraíso só pra poder te ver, só pra te encontrar.
A tua estrela é o que me guiará.
O amor me move, só por ele eu falo.
Sem ter você o purgatório é o intervalo.
Entre o céu e a Terra, entre o ter e o não te ter não há distância que me faça te esquecer!
Quanto tempo faz? Não importa mais.
Você é meu vicio, assumo e digo mais, nada teria valor se não tivesse ao meu lado você que me dá tudo que eu preciso. Com você eu faço do inferno o paraíso!
Divina comédia
Tuesday, July 14
Eu, você e todos nós
(...) Somos obrigados a estar em movimento, mas ninguém nos aponta um caminho seguro.
Eu, você e todos nós estamos à procura de algo que ainda não experimentamos, algo que a gente supõe que existe e que nos fará mais felizes ou menos infelizes. Eu, você e todos nós tentamos salvar nossas vidas diariamente, e qual a melhor maneira para isso? Trabalhar e amar, creio eu, mas não é fácil. Os que não conseguem se realizar através do trabalho e do amor, tentam se salvar das maneiras mais estapafúrdias, alguns até colocando-se em risco, numa atitude tão contraditória que chega a comover: autoflagelo, exposição barata, superação de limites, enfim, os meios que estiverem à disposição para que sejam notados.
(...) Pedimos pelo amor de Deus que o telefone toque e que a partir desse toque um novo capítulo comece a ser escrito na nossa história. Fingimos que somos seres altamente erotizados e, na hora H, amarelamos. Depositamos todas as nossas fichas amorosas em pessoas que não conhecemos senão virtualmente. Disfarçamos nosso abandono com frases ousadas e sem verdade alguma. O que a gente gostaria de dizer, mesmo, é: me dê sua mão.
Eu, você e todos nós queremos intimidade, mas evitamos contatos muito íntimos. Não queremos nos machucar, mas usamos sapatos que nos machucam. A gente quer e não quer, o tempo todo. Será que durante uma caminhada de uma esquina a outra, em um único quarteirão, é possível acontecer uma paixão, uma descoberta? Quantos metros precisamos percorrer, quantos dias devemos esperar, em que momento da nossa vida irá se realizar o nosso maior sonho e, uma vez realizado, teremos sensibilidade para identificá-lo? O nosso desejo mais secreto quase sempre é secreto até pra nós mesmos.
Somos uma imensa turma, somos uma enorme população, somos uma gigantesca família de solitários, eu, você, todos nós.
Martha Medeiros
Eu, você e todos nós estamos à procura de algo que ainda não experimentamos, algo que a gente supõe que existe e que nos fará mais felizes ou menos infelizes. Eu, você e todos nós tentamos salvar nossas vidas diariamente, e qual a melhor maneira para isso? Trabalhar e amar, creio eu, mas não é fácil. Os que não conseguem se realizar através do trabalho e do amor, tentam se salvar das maneiras mais estapafúrdias, alguns até colocando-se em risco, numa atitude tão contraditória que chega a comover: autoflagelo, exposição barata, superação de limites, enfim, os meios que estiverem à disposição para que sejam notados.
(...) Pedimos pelo amor de Deus que o telefone toque e que a partir desse toque um novo capítulo comece a ser escrito na nossa história. Fingimos que somos seres altamente erotizados e, na hora H, amarelamos. Depositamos todas as nossas fichas amorosas em pessoas que não conhecemos senão virtualmente. Disfarçamos nosso abandono com frases ousadas e sem verdade alguma. O que a gente gostaria de dizer, mesmo, é: me dê sua mão.
Eu, você e todos nós queremos intimidade, mas evitamos contatos muito íntimos. Não queremos nos machucar, mas usamos sapatos que nos machucam. A gente quer e não quer, o tempo todo. Será que durante uma caminhada de uma esquina a outra, em um único quarteirão, é possível acontecer uma paixão, uma descoberta? Quantos metros precisamos percorrer, quantos dias devemos esperar, em que momento da nossa vida irá se realizar o nosso maior sonho e, uma vez realizado, teremos sensibilidade para identificá-lo? O nosso desejo mais secreto quase sempre é secreto até pra nós mesmos.
Somos uma imensa turma, somos uma enorme população, somos uma gigantesca família de solitários, eu, você, todos nós.
Martha Medeiros
Sunday, July 12
Longe dos olhos, perto do mouse
Hoje, no meio de uma conversa, comentei com um amigo que eu gosto do mundo virtual. Gosto de amigos virtuais, de amores virtuais, de abraços virtuais. Gosto de encontros virtuais e até de amar virtualmente. O problema é que, no mundo real, nunca é a mesma coisa.
Virtualmente, a vida é super mais fácil. Pra começar, ninguém te vê. Um abraço virtual é sempre mais fácil. Mandar um beijo pelo msn é super comum, mas ao vivo nem sempre a gente faz isso pra se despedir. É muito mais fácil falar do que fazer. E é muito mais fácil escrever do que falar.
Escrever um “eu te amo” no msn, no Orkut ou numa mensagem no celular é moleza. E falar, alguém fala? Até contar as coisas é mais fácil. Ou falar sobre algum assunto importante, sei lá. Ter que olhar nos olhos da pessoa com quem se fala é tão... intimidador.
Muitas vezes, quando eu converso com as pessoas, se é que eu consigo falar o que eu quero falar, eu olho pro lado, pra baixo, mexo nas unhas ou cismo com aquele fiozinho na costura da blusa. Vocês já devem ter reparado. Mas se eu tenho que escrever no msn, sai tudo em dois minutos.
O mundo virtual é legal. Mas pensando bem, o mundo real é tão mais REAL.
Friday, July 10
There's so much craziness surrounding me. There's so much going on, It gets hard to breathe.
When all my faith has gone, you bring it back to me. You Make it real for me
When I'm not sure of my priorities. When I've lost sight of where I'm meant to be like holy water washing over me.
YOU MAKE IT REAL FOR ME.
And I, I'm running to you baby.
You are the only one who saved me that's why I've been missing you lately. 'Cause YOU MAKE IT REAL FOR ME.
When my head is strong, but my heart is weak I'm full of arrogance and uncertainty but I can't find the words you teach my heart to speak.
YOU MAKE IT REAL FOR ME.
And I, I'm running to you baby.
You are the only one who saved me that's why I've been missing you lately. 'Cause YOU MAKE IT REAL FOR ME.
Oh, everybody's talking in words I don't understand.
You've got to be the only one who knows just who I am.
You shout it in the distance, I hope I can make it through because the only place I want to be is right back home with you.
I guess there's so much more I have to learn but if you're here with me I know which way to turn.
You always give me somewhere, somewhere I can run
YOU MAKE IT REAL FOR ME.
And I, I'm running to you baby.
You are the only one who saved me that's why I've been missing you lately. 'Cause YOU MAKE IT REAL FOR ME.
YOU MAKE IT REAL FOR ME.
James Morrison - You Make It Real
*De férias, sem inspiração no momento. :p
When all my faith has gone, you bring it back to me. You Make it real for me
When I'm not sure of my priorities. When I've lost sight of where I'm meant to be like holy water washing over me.
YOU MAKE IT REAL FOR ME.
And I, I'm running to you baby.
You are the only one who saved me that's why I've been missing you lately. 'Cause YOU MAKE IT REAL FOR ME.
When my head is strong, but my heart is weak I'm full of arrogance and uncertainty but I can't find the words you teach my heart to speak.
YOU MAKE IT REAL FOR ME.
And I, I'm running to you baby.
You are the only one who saved me that's why I've been missing you lately. 'Cause YOU MAKE IT REAL FOR ME.
Oh, everybody's talking in words I don't understand.
You've got to be the only one who knows just who I am.
You shout it in the distance, I hope I can make it through because the only place I want to be is right back home with you.
I guess there's so much more I have to learn but if you're here with me I know which way to turn.
You always give me somewhere, somewhere I can run
YOU MAKE IT REAL FOR ME.
And I, I'm running to you baby.
You are the only one who saved me that's why I've been missing you lately. 'Cause YOU MAKE IT REAL FOR ME.
YOU MAKE IT REAL FOR ME.
James Morrison - You Make It Real
*De férias, sem inspiração no momento. :p
Tuesday, July 7
Saturday, June 27
Cansei.
Cansei de tanta gente, de tanta coisa, de tantos lugares vividos e passados. Cansei de me cansar, cansei de ser a mesma, mas cansei de tentar mudar. Cansei de conversar sobre estarmos tão cansadas. Cansei de faculdade, de estágio. De café frio, de msn, de saudade e de ignorância. Cansei de dizer besteiras, cansei de me importar com o que as pessoas pensam de mim. Cansei de me importar com as outras pessoas.
Cansei de gente louca, cansei de ofensa, cansei de ser boazinha e de ser grossa demais. De Ruffles, Coca-cola e chocolate. Cansei desse blog aqui, cansei do que eu escrevo. Cansei de reclamar, de pedir ajuda, de oferecer. Cansei de esperar as coisas caírem do céu. Cansei de guizadinho de batata e até de bombom de morango.
Cansei de reclamar de estar cansada.
Cansei de tanta gente, de tanta coisa, de tantos lugares vividos e passados. Cansei de me cansar, cansei de ser a mesma, mas cansei de tentar mudar. Cansei de conversar sobre estarmos tão cansadas. Cansei de faculdade, de estágio. De café frio, de msn, de saudade e de ignorância. Cansei de dizer besteiras, cansei de me importar com o que as pessoas pensam de mim. Cansei de me importar com as outras pessoas.
Cansei de gente louca, cansei de ofensa, cansei de ser boazinha e de ser grossa demais. De Ruffles, Coca-cola e chocolate. Cansei desse blog aqui, cansei do que eu escrevo. Cansei de reclamar, de pedir ajuda, de oferecer. Cansei de esperar as coisas caírem do céu. Cansei de guizadinho de batata e até de bombom de morango.
Cansei de reclamar de estar cansada.
Thursday, June 25
Doida e santa
Fuxicando pela maravilhosa internet, encontrei um teste que descobre “Que livro você é?”.
Pensei, duvido que dê que eu sou um livro da Martha Medeiros. E não é que deu?
Segundo o teste, eu sou o livro “Doidas e Santas” de Martha (ah, já sou íntima).
"Moderninha e solteira, ou radiante de véu e grinalda? Eis a questão da jovem (ou nem tão jovem) mulher profissional, cosmopolita e, apesar de tudo, muito romântica.
Eis a sua questão! Confesse: quantas horas semanais você gasta conversando sobre encontros e desencontros sentimentais com as suas amigas? Aliás, conversando não. Analisando, destrinchando...
Mas isso não quer dizer que você só questione a existência de príncipe encantado, não. A vida adulta hoje não está fácil para ninguém...”
Perfeitamente igual. Eu digo, a Martha escreve sobre a minha vida.
Monday, June 22
Modo de usar-se
(...)
Não costumo ir atrás desta história de "foi usada". No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco.
Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer.
Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição – dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde.
Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: marque entrevistas.
Use sua simpatia: convença os outros. Use seus neurônios: pra todo o resto.
E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou "apenas" 13 anos. Não enviúve de si mesmo, ninguém morreu.
Use-se para conseguir uma passagem para a Patagônia, use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas – a memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo. Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser. Seus dedos para pedir carona, escrever poemas, apontar distâncias. Sua boca pra sorrir, sua barriga para gerar filhos, seus seios para amamentar, seus braços para trabalhar, sua alma para preencher-se, seu cérebro para não morrer em vida.
Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará. (...)
Martha Medeiros.
- Incrível como ela sempre sabe o que falar e como ela sempre me entende.
Sunday, June 14
Combina ou não combina?
Combina:
Goiabada e queijo. Friozinho e DVD. Feriado e sol. Janela embaçada e desenho com dedo. Amigo distante e MSN. Praia e milho verde. Casa de vó e bolo quentinho. Dia de pagamento e liquidação. Festa Junina e quentão. Fundo da aula e bagunça. Preguiça e edredon.
Praia e pôr-do-sol. Carro e rádio ligado. Arroz e feijão. Domingo de manhã e desenho animado. Segunda-feira e mau-humor. Bolo e parabéns. Saudade e lágrimas. Caixa de lápis de cor e folha branquinha. Roupa nova e festa. Dente-de-leão e vento. Mãe e colo. Segredo e cochicho. Flor e primavera.
Sexta-feira e planos. Despertador e bocejo. Dezoito anos e auto-escola. Insônia e Corujão. Falta de luz e vela. Acampamento e histórias de terror. Pimenta e água. Primeiro dia de aula e caderno novo. Horário político e TV a cabo. Sono e travesseiro. Sombra e rede. Pão e margarina.
Bebê e cheiro de perfume da Turma da Mônica. Salsicha e molho. Comercial e controle remoto. Geladeira vazia e tele-entrega. Simpatia e dia de Santo Antônio. Reunião de amigos e máquina fotográfica. Jogo de futebol e bolão. Preto e branco. Futebol e xingamento. Programa de auditório e aplauso.
Gripe e lenço de papel. Machucado e band-aid. Selo e lambida. Beija-flor e água açucarada. Guitarra e rock’n’roll. Festa infantil e brigadeiro. Gato e tigela de leite. Contos de fadas e hora de dormir. Grama e pé descalço. Piada e gargalhada. Andar de ônibus e mp3 player. Papel e tesoura. Vontade de ler e post novo no blog.
Não combina:
Televisão ligada e lição de casa. Cabelo solto no vento e gloss. Sofá novo e canetinha sem tampa. Ressaca e despertador. Camiseta branca e molho de tomate. Cinema e celular. Beijo e alho. Trabalho para entregar e tilt no computador. Ônibus cheio e fedor de sovaco. Fome e geladeira vazia. Vizinho e som. Sapato apertado e festa. Torrada com manteiga e chão.
Dedinho do pé e mesa de centro. Calor e blusa de lã. Porta de banco e moeda no bolso. Piquenique e formiga. Meditação e barulho. Igreja e saia curta. Mosquito e noite de sono. Papai Noel e calor. Rodízio de pizza e regime. TPM e discussão de relacionamento. Férias e gravata. Caneca de alumínio e microondas. Mochila e dor nas costas.
Vestibular e pressa. Câmera e vergonha. Bom-humor e contas para pagar. Joelho e asfalto. Praia e chuva. Ansiedade e telefone ocupado. Aparelho no dente e bala dura. Adolescente e organização. Churrasco e vegetarianos. Medo do escuro e luz apagada. Desejo de ficar sozinho e multidão. Miopia e letra miúda.
Roupa no varal e chuva. Cadeira de balanço e rabo de cachorro. Vontade de fazer xixi e banheiro ocupado. Sopa e garfo. Segredo e dedo-duro. Timidez e iniciativa. Brinco e ralo da pia. Chapinha no cabelo e umidade. Palestra e ataque de tosse. Novela e final infeliz.
Elevador e pum. Pressa e salto alto. Chupeta e chão. Velório e risada. Lente de contato e areia. Fotografia e dedo engordurado. Traça e livro. Beijo e barba por fazer. Shopping e conta bancária vazia. Band-aid e pelinho do braço. Hora da comida e histórias nojentas. Espirro e farofa. Necessidade de escrever e falta de inspiração.
Escrito por uma pessoa que eu não lembro o nome e super editado por mim. :p
Goiabada e queijo. Friozinho e DVD. Feriado e sol. Janela embaçada e desenho com dedo. Amigo distante e MSN. Praia e milho verde. Casa de vó e bolo quentinho. Dia de pagamento e liquidação. Festa Junina e quentão. Fundo da aula e bagunça. Preguiça e edredon.
Praia e pôr-do-sol. Carro e rádio ligado. Arroz e feijão. Domingo de manhã e desenho animado. Segunda-feira e mau-humor. Bolo e parabéns. Saudade e lágrimas. Caixa de lápis de cor e folha branquinha. Roupa nova e festa. Dente-de-leão e vento. Mãe e colo. Segredo e cochicho. Flor e primavera.
Sexta-feira e planos. Despertador e bocejo. Dezoito anos e auto-escola. Insônia e Corujão. Falta de luz e vela. Acampamento e histórias de terror. Pimenta e água. Primeiro dia de aula e caderno novo. Horário político e TV a cabo. Sono e travesseiro. Sombra e rede. Pão e margarina.
Bebê e cheiro de perfume da Turma da Mônica. Salsicha e molho. Comercial e controle remoto. Geladeira vazia e tele-entrega. Simpatia e dia de Santo Antônio. Reunião de amigos e máquina fotográfica. Jogo de futebol e bolão. Preto e branco. Futebol e xingamento. Programa de auditório e aplauso.
Gripe e lenço de papel. Machucado e band-aid. Selo e lambida. Beija-flor e água açucarada. Guitarra e rock’n’roll. Festa infantil e brigadeiro. Gato e tigela de leite. Contos de fadas e hora de dormir. Grama e pé descalço. Piada e gargalhada. Andar de ônibus e mp3 player. Papel e tesoura. Vontade de ler e post novo no blog.
Não combina:
Televisão ligada e lição de casa. Cabelo solto no vento e gloss. Sofá novo e canetinha sem tampa. Ressaca e despertador. Camiseta branca e molho de tomate. Cinema e celular. Beijo e alho. Trabalho para entregar e tilt no computador. Ônibus cheio e fedor de sovaco. Fome e geladeira vazia. Vizinho e som. Sapato apertado e festa. Torrada com manteiga e chão.
Dedinho do pé e mesa de centro. Calor e blusa de lã. Porta de banco e moeda no bolso. Piquenique e formiga. Meditação e barulho. Igreja e saia curta. Mosquito e noite de sono. Papai Noel e calor. Rodízio de pizza e regime. TPM e discussão de relacionamento. Férias e gravata. Caneca de alumínio e microondas. Mochila e dor nas costas.
Vestibular e pressa. Câmera e vergonha. Bom-humor e contas para pagar. Joelho e asfalto. Praia e chuva. Ansiedade e telefone ocupado. Aparelho no dente e bala dura. Adolescente e organização. Churrasco e vegetarianos. Medo do escuro e luz apagada. Desejo de ficar sozinho e multidão. Miopia e letra miúda.
Roupa no varal e chuva. Cadeira de balanço e rabo de cachorro. Vontade de fazer xixi e banheiro ocupado. Sopa e garfo. Segredo e dedo-duro. Timidez e iniciativa. Brinco e ralo da pia. Chapinha no cabelo e umidade. Palestra e ataque de tosse. Novela e final infeliz.
Elevador e pum. Pressa e salto alto. Chupeta e chão. Velório e risada. Lente de contato e areia. Fotografia e dedo engordurado. Traça e livro. Beijo e barba por fazer. Shopping e conta bancária vazia. Band-aid e pelinho do braço. Hora da comida e histórias nojentas. Espirro e farofa. Necessidade de escrever e falta de inspiração.
Escrito por uma pessoa que eu não lembro o nome e super editado por mim. :p
Saturday, June 13
Olha a macumba!
Estava eu fuçando no Google algumas simpatias de Santo Antônio (devido ao dia de hoje) quando encontrei a seguinte simpatia: Para mulher feia arrumar namorado. Tive pena do tamanho desespero da garota que pode se prestar a fazer algo do tipo. Afinal de contas, ela tem que nunca ter se quer beijado na boca para se dar ao trabalho de fazer uma simpatia do tipo ou até buscar uma solução para seu problema na internet (mas também não estou perdendo muito pra ela, já que eu também estava na internet buscando simpatias. Não que eu fosse fazê-las, é claro.).
Uma parte da minha família crê nesses rituais que prometem cura para tudo, desde fim do mau-olhado, aumento de salário e até cura para verruga. Às vezes, quando eu era pequena, deixava de lado os gibis da Mônica (que eu era viciada), para pegar um livrinho de simpatias que minha avó tinha e ficava encantada com a quantidade de mandingas que o livro continha.
Objetos que usamos no dia-a-dia são muito usados em simpatias: pratos, copos, facas... Porém, tem que ser todos “virgens”. Além de a pessoa ter que fazer em monte de coisas estranhas (e botar a maior fé no que está fazendo), ainda tem que arranjar utensílios nunca usados. Simpatias também possuem diferentes graus de dificuldade. Existem as fáceis em que apenas se deve tomar um chá ou banho de alguma coisa e também existem aquelas super difíceis, em que se deve ir à Terra do Nunca enterrar embaixo de um pé de algodão uma mistura de flores, perfumes e sei lá o que.
Acredito que toda a nossa vida de macumbas começa na escola, quando pequenas mandingas são populares. Como aquela de escrever o nome dos garotos interessantes em um papel, dobrar todos em partes iguais e deixá-los na bacia com água. O rapaz do papelzinho que amanhecer desdobrado será um futuro namorado. Não me pergunte o que acontece se dois papéis abrirem, ou se nenhum. Pois no meu caso nenhum abriu, SERÁ QUE ISSO INDICA ALGO RUIM?
Depois, a pessoa cresce e começa a botar o pobre do Santo Antônio de cabeça para baixo no dia dos namorados, para que no próximo o namorado chegue. Se não chegar, lá vai ela com uma faca virgem na bananeira do quintal na noite de lua cheia anterior à data, fazer cortes e esperar o leite da planta formar uma inicial. Se não formar nada, no próximo ela já vai fazer aquelas simpatias complicadíssimas, que pregam pular com um pé só na encruzilhada enquanto segura uma vela de 15 centímetros da cor azul-celeste no terceiro luar após solstício de verão do ano ímpar. O.o
Voltando à busca que fiz para tentar arrumar algumas simpatias de Santo Antonio, posso garantir que dei muita risada com alguns rituais hilários, que vou postar aí embaixo. Quem sentir vontade de fazer algum, sinta-se à vontade. Mas depois, por favor, volte para me dizer se deu certo.
Para espantar os ficantes chatos: Se o seu problema for com um paquerador, que não se manca, faça esta simpatia para afastá-lo. Coloque um pouco de água para ferver em uma panela velha de ferro. Jogue dentro tantos copinhos de água quanto forem os anos da pessoa. Ao fazer isso, diga: “Leva embora pra outro canto a queda que fulano tem por mim”.
Para sossegar coroas: Esta simpatia serve para acabar com aquele fogo interno de coroas solitárias que se sentem angustiadas, que se queixam dos famosos “calores internos”. Em uma noite de lua crescente, coloque para ferver uma leiteira com um litro de água, algumas folhas de erva cidreira, camomila e erva-doce, junto com uma xícara de açúcar mascavo. Deixe ferver até o líquido engrossar feito um xarope. Tome um cálice desse chá três vezes ao dia que é um ótimo calmante.
Para conquistar uma pessoa que nem sabe que você existe: Junte cinco fios de seu cabelo com mais cinco fios do cabelo dele(a). Enrole os cabelos com um pedaço de pano e embrulhe junto com um anel novo, que nunca tenha sido usado. Deixe o amuleto bem perto do próprio coração durante nove dias. Passado esse período, dê o anel de presente a tal pessoa, que logo vai reparar em você e poderá até acabar se apaixonando.
E CLARO, NÃO PODIA FALTAR:
Para mulher feia arrumar namorado: A mulher feia sofre por causa disso. Porém, as forças ocultas poderão ajudar uma mulher feia a conseguir namorado bem apessoado, até causando inveja nas amigas. Deve, para isso, proceder assim: pegar uma palma de espada de São Jorge, cortá-la em três pedaços e colocá-la para ferver por três horas. Deixe a água esfriar e lave o rosto com essa água, sempre solicitando que São Jorge transformea de "dragão" em princesa bela e desejada.
E não esqueça: TODAS ESSAS SIMPATIAS SÃO INFALÍVEIS. Todas sempre são.
p.s. Voltando ao tal livro de simpatias da minha avó, pois é, ela me deu o livro. E eu ainda o tenho numa caixa embaixo da minha cama. Vai que um dia eu precise. :p
Dia dos namorados macabro
Das datas comemorativas, uma das mais desesperadoras pra mim é o Dia dos Namorados. Hoje é esse dia. É impressionante como as pessoas ficam melosas, estejam elas namorando ou não. O que é mais impressionante é a quantidade de casais que aparecem nessa data. Para os solteiros, o mundo esta conspirando contra eles.
Ainda hoje, tive que aturar a quantidade de casais com buquês de flores e chocolates e presentes. Sem contar que a minha amiga só sabia falar do que ganhou de presente e do que tinha dado e que estava ansiosa pra noite de hoje. Eu tive que fingir cara de feliz e ficar repetindo o mantra que eu arrumei para me consolar: “Mais vale o dia dos namorados solteira do que o carnaval namorando.” Então fui dar uma volta pra relaxar. Parecia que todas as pessoas decidiram caminhar em par. Todas, menos eu.
Resolvi ir ao Big comprar coisas úteis de ínicio de mês e então eu entro na fila (que por sinal estava enorme) e encontro um casal meloso. Eu nunca vi uma pessoa tão melosa, parecia que a cada 5 segundos o guri falava “Eu te amo minha gatinha.” (ênfase no “minha”). Parecia que eles só estavam lá pra jogar na minha cara: “Nós vamos passar o dia dos namorados juntinhos, e você vai passar em casa, sozinha, sem ninguém”. Eu peguei o telefone, liguei pro meu pai e inventei uma desculpa pra fugir deles. Na verdade eu desisti da fila, não agüentava mais aquele papo romântico e chato e aquela fila estava tão imensa que me irritou.
Será o Dia dos Namorados, o dia em que os casais viram inimigos dos solteiros? Será essa a data em que os solteiros mais se sentem sozinhos, e os namorados mais se grudam? Será que essa data é só mais uma desculpa pra eu desistir da dieta e afundar a minha solidão numa lata de Coca e num pacote de Trakinas + + de chocolate?
Bem, eu odeio o Dia dos Namorados. Mas eu sei que amanhã isso passa.
Friday, June 12
Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.
Thursday, June 11
Friendship with benefits
Amizade colorida é a que inclui “intimidades” que não temos com um amigo normal. É uma grande invenção dos tempos modernos para saciar a vontade de quem está só, enquanto o grande amor não vem.
A diferença da amizade colorida para a amizade tradicional é devido à intimidade física dos participantes, sendo que não há compromissos com o outro, como o de fidelidade. Pode ocorrer de uma das pessoas envolvidas ajudar a outra a encontrar novos parceiros.
Depois de alguma pesquisa e conversa cheguei à conclusão que amizade colorida inclui alguma paixão, bastante química, e muito desejo carnal por alguém por quem sentimos carinho e cuja companhia é agradável.
No meu ponto de vista é um “quase namoro”, onde obrigações ou cobranças do tipo: onde foste? Com quem? Que horas chegaste? E por ai… não existem. Onde não é preciso ficar lembrando de datas e comprar presentes, ou ligar e “bajular”.
p.s. Não estou tendo amizade colorida com ninguém no momento, fiz essa pesquisa devido a uma conversa com uma amiga no msn. Pois estavamos falando que não queremos namorar, mas queremos alguém... um amigo colorido. Apenas fiquei me perguntando se eu realmente sabia o que é uma amizade colorida. Agora eu sei.
Sunday, January 18
Coisas que aprendi com a vida
Depois das coisas que aprendi com a minha vó... Vem aí as coisas que aprendi com a vida. (pq a gente sempre aprende algo com tudo.)
Quando sua mãe diz "essa brincadeira vai terminar em briga","leva um casaco que vai esfriar", ela provavelmente tem razão.
Se tem alguma instrução que vale a pena seguir na vida, elas são as instruções de lavagem das roupas.
Tem um bocado de gente mal-intencionada por aí.
Nem todo mundo por aí é mal-intencionado.
Um filme pode parecer muito legal quando você acaba de sair do cinema, mas depois de um tempo ele pode parecer uma bosta.
O mesmo vale para musicas recém-lançadas.
As roupas parecem sensacionais nos manequins de loja porque eles ajustam as peças com alfinetes e fita-crepe. Se fosse socialmente aceitável sair com pedaços de fita adesiva pela rua, todas as minhas roupas também pareceriam feitas sob medida para mim.
Quando se está com muita fome MESMO, um arroz branco parece um manjar. E um copo d'água, o néctar dos deuses.
Ao contrário do que eu pensava quando era criança, ficar quieta pode ser bem mais difícil do que virar o centro das atenções.
Fazer qualquer coisa tão-somente por dinheiro não satisfaz (ou eu ainda não recebi a proposta correta...).
Empolgação e paixão passam.
Crianças são adoráveis, mas fazem xixi na cama. É simplesmente como elas são e não necessariamente se tornam menos adoráveis por isso.
Um grama de ingrediente a menos ou um minuto de forno a mais faz diferença, se você está fazendo uma receita de revista.
Um arquivo de texto deve ser salvo a cada duas ou três linhas escritas.
Todo mundo parece mais impressionante na foto do que ao vivo.
Se você prestar bem atenção, sempre sabe quando está passando dos limites na comida, nas palavras, na BEBIDA.
O silêncio é uma prece.
Quando sua mãe diz "essa brincadeira vai terminar em briga","leva um casaco que vai esfriar", ela provavelmente tem razão.
Se tem alguma instrução que vale a pena seguir na vida, elas são as instruções de lavagem das roupas.
Tem um bocado de gente mal-intencionada por aí.
Nem todo mundo por aí é mal-intencionado.
Um filme pode parecer muito legal quando você acaba de sair do cinema, mas depois de um tempo ele pode parecer uma bosta.
O mesmo vale para musicas recém-lançadas.
As roupas parecem sensacionais nos manequins de loja porque eles ajustam as peças com alfinetes e fita-crepe. Se fosse socialmente aceitável sair com pedaços de fita adesiva pela rua, todas as minhas roupas também pareceriam feitas sob medida para mim.
Quando se está com muita fome MESMO, um arroz branco parece um manjar. E um copo d'água, o néctar dos deuses.
Ao contrário do que eu pensava quando era criança, ficar quieta pode ser bem mais difícil do que virar o centro das atenções.
Fazer qualquer coisa tão-somente por dinheiro não satisfaz (ou eu ainda não recebi a proposta correta...).
Empolgação e paixão passam.
Crianças são adoráveis, mas fazem xixi na cama. É simplesmente como elas são e não necessariamente se tornam menos adoráveis por isso.
Um grama de ingrediente a menos ou um minuto de forno a mais faz diferença, se você está fazendo uma receita de revista.
Um arquivo de texto deve ser salvo a cada duas ou três linhas escritas.
Todo mundo parece mais impressionante na foto do que ao vivo.
Se você prestar bem atenção, sempre sabe quando está passando dos limites na comida, nas palavras, na BEBIDA.
O silêncio é uma prece.
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