A festa não estava boa, apesar de todos os planos que a gente tinha feito. A música também não nos fez melhorar o humor. No lugar onde a gente estava, foi difícil encontrar algum garoto que se destacasse. Esse tem cara de velho, aquele está bêbado demais, o outro é feio demais, aquele fuma feito uma chaminé... Aquele ali... OPA! OPA! VOLTA! Aquele ali é perfeito. Até que enfim uma pessoa decente naquela festa!
Ele preenchia todos os padrões, tinha todas as características do "meu homem ideal". Mas quem era aquele garoto que eu nunca tinha visto antes? Amigo da amiga do melhor amigo da prima de uma colega minha. Xiiiiii... Hum... Mas como que eu vou falar com ele, se nem conhecido ele é?
Quatro horas da manhã. A festa estava tão ruim e eu tinha bebido tanto que já estava morrendo de sono. E ele continuava ali, fora de alcance. Tão perto e tão longe. De repente ele foi ao bar comprar uma cerveja e parou do meu lado. Na hora, eu agradeci a Deus ou a qualquer força superior, porque havia um interesse totalmente não correspondido dele para com a minha pessoa até aquele momento. Isso, ainda bem que eu tive a idéia brilhante de não arrastar o pé do bar!
Eu sorri. E devo ter ficado vermelha... rosa... roxa! Porque geralmente a vergonha toma conta de mim. Tá, mas e agora? O que eu falo? Nem precisei pensar muito. Um segundo depois ele me olhou e disse: “Oi” e então a gente engatou uma conversa. Conversamos sobre tudo. Desde faculdade até cor preferida. E era impressionante, ele era a minha versão masculina...
“-Eu odeio cigarro." “-Eu também!”
"-Eu acredito em horóscopo" “-Eu também. Acredito muito.”
"-Odeio ter que ver casais felizes quando eu estou sozinho" “-Eu também!”
“-Eu adoro filmes de comédia romântica.” “-Eu também!”
“-Minha cor preferida é verde” “-A minha tambééééééééém.”
“-Eu adoro Inglês e sou fluente” “-EU TAMBÉM! Meu Deus! Meu Deeeeeus! Ele é perfeito!”
Onde é que ele estava escondido a minha vida toda que até agora eu não tinha achado? Ele era totalmente feito pra mim. Totalmente mesmo. O meu número. Impossível acreditar, mas era verdade!
Mas, bem, como a Senhora Lady Murphy me ama e tudo o que é bom dura pouco. No meu caso, pouquíssimo, ele olhou pra mim e disse:
“-Eu gosto de homem.” “-Eu também! O QUE? HOMEM?”
Estava tudo perfeito demais pra ser verdade. Ele continua sendo o meu número, a minha versão masculina, quer dizer, nem tão masculina assim... Ele era gay* e na verdade estava falando comigo pra saber se o meu amigo era também. Bem, meu amigo não era e ficamos ambos sozinhos naquela noite...
*Não tenho nada contra os gays, viu? Os adoro! Mas, pô, logo aquele garoto que era perfeito pra mim?
"It's like meeting the man of your dreams and then meeting his beautiful husband. Isn't it ironic? Don't you think?" (Alanis Morissette)
(qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência)
Monday, May 31
Sunday, May 23
pra entender
basta (...)
uma caminhada
por qualquer caminho
um carinho qualquer
basta ver o que não se enxerga
e só se enxerga
nos olhos de uma mulher
basta olhar pro que acontece
esteja onde estiver
pra entender, nada disso é tudo
tudo isso é fundamental
pra entender
basta a cara e a coragem
a cor, o corpo, o coração
uma canção da banda preferida
uma descida ao porão
seis pilhas pro meu rádio
seis minutos pra canção
basta olhar pro o que acontece
aconteça o que acontecer
pra entender, nada disso é tudo
tudo isso é fundamental
pra entender
basta uma noite de insônia
um sonho que não tem fim
um filme sem muita graça
uma praça sem muito sol
seis cordas pra guitarra
seis sentidos na mesma direção
seiscentos anos de estudo
ou seis segundos de atenção
pra entender, nada disso é tudo
tudo isso é fundamental
(Humberto Gessinger)
uma caminhada
por qualquer caminho
um carinho qualquer
basta ver o que não se enxerga
e só se enxerga
nos olhos de uma mulher
basta olhar pro que acontece
esteja onde estiver
pra entender, nada disso é tudo
tudo isso é fundamental
pra entender
basta a cara e a coragem
a cor, o corpo, o coração
uma canção da banda preferida
uma descida ao porão
seis pilhas pro meu rádio
seis minutos pra canção
basta olhar pro o que acontece
aconteça o que acontecer
pra entender, nada disso é tudo
tudo isso é fundamental
pra entender
basta uma noite de insônia
um sonho que não tem fim
um filme sem muita graça
uma praça sem muito sol
seis cordas pra guitarra
seis sentidos na mesma direção
seiscentos anos de estudo
ou seis segundos de atenção
pra entender, nada disso é tudo
tudo isso é fundamental
(Humberto Gessinger)
Friday, May 21
"He wasn't what I wanted, what I thought, no. He wouldn't even open up the door. He never made me feel like I was special. He isn't really what I'm looking for.
This is when I start to bite my nails. And clean my room when all else fails. I think it's time for me to bail. This point of view is getting stale."
"You were all the things I thought I knew and I thought we could be.
You were everything, everything that I wanted. We were meant to be, supposed to be but we lost it. (...) So much for my happy ending!"
(Avril Lavigne)
This is when I start to bite my nails. And clean my room when all else fails. I think it's time for me to bail. This point of view is getting stale."
"You were all the things I thought I knew and I thought we could be.
You were everything, everything that I wanted. We were meant to be, supposed to be but we lost it. (...) So much for my happy ending!"
(Avril Lavigne)
Thursday, May 20
Contatos imediatos de 1º grau
Isso aconteceu ontem comigo. Acordei no meio da noite, lá pelas 3 da manhã, com uma insônia desgraçada. Levantei da cama e fui na cozinha tomar um suco, depois fui ao banheiro. Olhei para o espelho e encarei a minha imagem. Fiquei olhando... Olhando... E, de repente, meu reflexo começou a conversar comigo, acho que era a minha consciência dando uma de psicóloga:
- Oi, Camila, tudo bem?
- Tudo bem e contigo?
- Tudo bem também. Mas tens certeza de que está tudo bem mesmo? Às vezes eu te vejo tão triste...
- Ah... Pois é, a gente diz “tudo bem” por educação, sabe? Não está tudo tão bem nada... Tem uma hora em que a gente se cansa de esperar o "quando". Eu estou com quase 20 anos e nada mudou. Quando eu era novinha e pensava em mim mesma com vinte anos, me imaginava tão grande e tão madura... Com alguém legal e especial do lado, com um emprego legal, na faculdade e cheia de amigos. E olha pra mim... Só os dois últimos se realizaram até agora... As pessoas me encontram e sempre perguntam se eu tenho novidade... E o que eu respondo? “Nadinha.”.
- Mas isso é uma fase, guria. Logo passa...
- Estás vendo, consciência? É isso o que todos me dizem. Mas essa fase está demorando muito pra passar. Eu não sei o que eu tenho de errado, sabe? Porque eu devo ter algo errado, muito errado.
- Mas por que todo esse fiasco? Todas essas lamentações?
- Não sei... De repente eu me sinto tão só. Mesmo quando estou com todas as minhas amigas. E falando nelas, daqui a pouco todas vão começar a sair de casal com seus namoradinhos e eu vou ficar em casa vendo séries ou continuar entrando no MSN e ninguém vindo falar comigo. Acredita que já me falaram que o problema de eu não encontrar ninguém é que eu sou inteligente? Olha só, inteligência agora é motivo de sofrimento e frustração sentimental... "Isn’t it ironic? Don’t you think?"
- Se tu desencanar e parar de pensar em arrumar alguém, vai aparecer...
- Mas o mundo me deixa parar de pensar? Ah, maldita consciência, sabia que eu sou lembrada todos os dias por alguém de que eu faço parte de uma mínima parte da população que nunca tiveram namorado, peguete, ficante ou rolo fixo?
- Não é possível que tu não tenhas ninguém. Estás solteira porque queres!
- Ah, quem me dera isso fosse verdade. Mas é, devo ser bem mais inteligente do que eu pensava. Não tenho ninguém. Nunca acho que ninguém é bom o suficiente. E eu já cansei também de me remoer com lembranças do meu passado...
- É aí que eu queria chegar. E ele?
- Ele quem? Sério, esqueci. Vivo dizendo isso e ninguém acredita. Mas esqueci mesmo. Às vezes até me pergunto como pude gostar dele algum dia... Só me restam algumas vagas lembranças que eu daria tudo pra esquecê-las ou apaga-las.
- Então, até aparecer o próximo, tu vais ficar com essas lembranças, sabia?
- Pior é que eu sei... E pensar que às vezes tudo o que eu preciso é de alguém pra conversar. Minhas amigas parecem tão de saco cheio das minhas lamentações...
- Mas porque tanta tristeza? Não tens tido nenhuma alegria ultimamente?
- Ah, pra falar a verdade, tenho sim. Meu blog está lindo, tenho escrito como nunca. A faculdade está legal também, depois do ano passado ser cheio das notas baixas, parece que esse ano estou me encaminhando de novo. Entrei pra um projeto também, que apesar de me deixar bem cansada, me alegra muito. E tem umas colegas minhas que viraram amigas, tem sido ótimo compartilhar minhas idéias, alegrias, angústias e tristezas com elas. Pô, pensando bem, tem mais alegrias do que eu pensava...
- Viu só? Então nem tudo está perdido... Tem muita coisa boa acontecendo mesmo. E o namorado que tanto queres vai chegar um dia, não te preocupa... Ah, e é exatamente aí que está o problema: quando não te preocupares mais é que ele vai aparecer.
- Ai, consciência, não é que tens razão? Preciso desencanar mesmo. E vou! Ah, sempre que eu ficar com insônia é porque estás te sentindo pesada? Ou posso te chamar sempre que eu quiser?
- Camila, eu sempre tenho razão. Podes me chamar e conversar comigo sempre que quiseres. Mas eu só vou te chamar quando estiver me sentido pesada. E não te deixarei dormir enquanto não me tranqüilizares.
- Hum, acho que te esvaziei então, porque está me dando um soninho... Tchau, consciência, foi bom conversar com a senhora. E quando te sentires pesada, só me chamar! Beijos.
E só de pensar no bem imenso que me fez conversar comigo mesma em pé no banheiro numa madrugada fria... Voltei pra cama e dormi feito um anjinho... Até o maldito celular despertar e acabar com a minha alegria!
- Oi, Camila, tudo bem?
- Tudo bem e contigo?
- Tudo bem também. Mas tens certeza de que está tudo bem mesmo? Às vezes eu te vejo tão triste...
- Ah... Pois é, a gente diz “tudo bem” por educação, sabe? Não está tudo tão bem nada... Tem uma hora em que a gente se cansa de esperar o "quando". Eu estou com quase 20 anos e nada mudou. Quando eu era novinha e pensava em mim mesma com vinte anos, me imaginava tão grande e tão madura... Com alguém legal e especial do lado, com um emprego legal, na faculdade e cheia de amigos. E olha pra mim... Só os dois últimos se realizaram até agora... As pessoas me encontram e sempre perguntam se eu tenho novidade... E o que eu respondo? “Nadinha.”.
- Mas isso é uma fase, guria. Logo passa...
- Estás vendo, consciência? É isso o que todos me dizem. Mas essa fase está demorando muito pra passar. Eu não sei o que eu tenho de errado, sabe? Porque eu devo ter algo errado, muito errado.
- Mas por que todo esse fiasco? Todas essas lamentações?
- Não sei... De repente eu me sinto tão só. Mesmo quando estou com todas as minhas amigas. E falando nelas, daqui a pouco todas vão começar a sair de casal com seus namoradinhos e eu vou ficar em casa vendo séries ou continuar entrando no MSN e ninguém vindo falar comigo. Acredita que já me falaram que o problema de eu não encontrar ninguém é que eu sou inteligente? Olha só, inteligência agora é motivo de sofrimento e frustração sentimental... "Isn’t it ironic? Don’t you think?"
- Se tu desencanar e parar de pensar em arrumar alguém, vai aparecer...
- Mas o mundo me deixa parar de pensar? Ah, maldita consciência, sabia que eu sou lembrada todos os dias por alguém de que eu faço parte de uma mínima parte da população que nunca tiveram namorado, peguete, ficante ou rolo fixo?
- Não é possível que tu não tenhas ninguém. Estás solteira porque queres!
- Ah, quem me dera isso fosse verdade. Mas é, devo ser bem mais inteligente do que eu pensava. Não tenho ninguém. Nunca acho que ninguém é bom o suficiente. E eu já cansei também de me remoer com lembranças do meu passado...
- É aí que eu queria chegar. E ele?
- Ele quem? Sério, esqueci. Vivo dizendo isso e ninguém acredita. Mas esqueci mesmo. Às vezes até me pergunto como pude gostar dele algum dia... Só me restam algumas vagas lembranças que eu daria tudo pra esquecê-las ou apaga-las.
- Então, até aparecer o próximo, tu vais ficar com essas lembranças, sabia?
- Pior é que eu sei... E pensar que às vezes tudo o que eu preciso é de alguém pra conversar. Minhas amigas parecem tão de saco cheio das minhas lamentações...
- Mas porque tanta tristeza? Não tens tido nenhuma alegria ultimamente?
- Ah, pra falar a verdade, tenho sim. Meu blog está lindo, tenho escrito como nunca. A faculdade está legal também, depois do ano passado ser cheio das notas baixas, parece que esse ano estou me encaminhando de novo. Entrei pra um projeto também, que apesar de me deixar bem cansada, me alegra muito. E tem umas colegas minhas que viraram amigas, tem sido ótimo compartilhar minhas idéias, alegrias, angústias e tristezas com elas. Pô, pensando bem, tem mais alegrias do que eu pensava...
- Viu só? Então nem tudo está perdido... Tem muita coisa boa acontecendo mesmo. E o namorado que tanto queres vai chegar um dia, não te preocupa... Ah, e é exatamente aí que está o problema: quando não te preocupares mais é que ele vai aparecer.
- Ai, consciência, não é que tens razão? Preciso desencanar mesmo. E vou! Ah, sempre que eu ficar com insônia é porque estás te sentindo pesada? Ou posso te chamar sempre que eu quiser?
- Camila, eu sempre tenho razão. Podes me chamar e conversar comigo sempre que quiseres. Mas eu só vou te chamar quando estiver me sentido pesada. E não te deixarei dormir enquanto não me tranqüilizares.
- Hum, acho que te esvaziei então, porque está me dando um soninho... Tchau, consciência, foi bom conversar com a senhora. E quando te sentires pesada, só me chamar! Beijos.
E só de pensar no bem imenso que me fez conversar comigo mesma em pé no banheiro numa madrugada fria... Voltei pra cama e dormi feito um anjinho... Até o maldito celular despertar e acabar com a minha alegria!
Sunday, May 16
Escrever é um dom, certo?
Minha professora de Estágio I pediu em aula para escrevermos um texto sobre a escrita na nossa vida. Na hora não rolou (pois não consigo escrever sobre pressão), mas agora, 1 mês depois, saiu o texto. E como mostrar em aula não vai ter graça mais, aqui está:
A primeira lembrança que me vem à cabeça em relação à escrita começa comigo na sétima série. Minha professora de Português, a “sora” Raquel, disse que eu escrevia muito bem, mas na hora não levei a sério porque eu vivia dizendo que “escrever textos era um saco”. Quando fui pro ensino médio, comecei a ler e a gostar da Martha Madeiros, uma escritora que divaga sobre o cotidiano, e não demorou muito até eu perceber que escrever era legal e que levava jeito. Mas me descobri preguiçosa, a idéia vinha e eu não a passava pro papel. Logo, a perdia.
Há pouco tempo, percebi que amo escrever, mas não escrever sobre qualquer coisa. Gosto de contar, em palavras, a minha vida. Não tenho um diário, mas tenho o blog e todos os textos escritos por mim e publicados aqui falam de experiências que eu tive. Sinto prazer em resgatar minhas memórias e encontrar, na língua portuguesa (ou inglesa), um modo de me expressar sobre algo especial (ou não). Na maioria dos casos, recebo comentários de meninas (às vezes meninos) dizendo que já passaram por isso. A maioria meus amigos, claro, mas saber que alguém se identifica com o que escrevo me deixa muito feliz.
Observando as escritas de outras pessoas, percebo que cada um de nós tem o seu estilo e como isso é incrível. Tem os cultos, os engraçados, os estressados, os poetas, os deprimidos e por aí vai... Às vezes me pego pensando sobre isso e tenho dificuldade em encontrar o meu estilo. Não sei rimar, mas sei criar. Não sei usar regras específicas, mas sei me expressar.
Talvez seja esse então o meu estilo. Não sei escrever tudo bem certinho e perfeito, nem colocar palavras pouco usadas. Gosto do que é popular, cotidiano, do que parece ser simples, mas que carrega um significado por trás. Fazer dos meus dias um livro aberto pode até ser digno de críticas, mas parece que me aproxima das outras pessoas, do mundo. Percebo, assim, que não estou sozinha.
Um dia desses, minha vó leu uns dos meus rascunhos e disse que talvez o meu dom seja escrever. Tá certo que não se pode confiar cegamente no que as avós falam, já que elas amam qualquer coisa que fazemos. Mas descobri que, dessa vez, ela talvez possa estar certa. Com o meu blog, encontrei algo que me faz absurdamente feliz: escrever, ser lida e comentada.
Talvez escrever seja realmente o meu dom. Mas que, com toda certeza, ainda precisa ser explorado e desenvolvido mais. Com o tempo, vou percebendo a diferença na qualidade do que escrevo. Quando mais escrevo, melhor escrevo. Quem sabe um dia não publico um livro com todos os meus posts do blog? E espero que as minhas histórias sejam lidas e inspirem outras pessoas, assim como as da Martha Medeiros me inspiraram.
A primeira lembrança que me vem à cabeça em relação à escrita começa comigo na sétima série. Minha professora de Português, a “sora” Raquel, disse que eu escrevia muito bem, mas na hora não levei a sério porque eu vivia dizendo que “escrever textos era um saco”. Quando fui pro ensino médio, comecei a ler e a gostar da Martha Madeiros, uma escritora que divaga sobre o cotidiano, e não demorou muito até eu perceber que escrever era legal e que levava jeito. Mas me descobri preguiçosa, a idéia vinha e eu não a passava pro papel. Logo, a perdia.
Há pouco tempo, percebi que amo escrever, mas não escrever sobre qualquer coisa. Gosto de contar, em palavras, a minha vida. Não tenho um diário, mas tenho o blog e todos os textos escritos por mim e publicados aqui falam de experiências que eu tive. Sinto prazer em resgatar minhas memórias e encontrar, na língua portuguesa (ou inglesa), um modo de me expressar sobre algo especial (ou não). Na maioria dos casos, recebo comentários de meninas (às vezes meninos) dizendo que já passaram por isso. A maioria meus amigos, claro, mas saber que alguém se identifica com o que escrevo me deixa muito feliz.
Observando as escritas de outras pessoas, percebo que cada um de nós tem o seu estilo e como isso é incrível. Tem os cultos, os engraçados, os estressados, os poetas, os deprimidos e por aí vai... Às vezes me pego pensando sobre isso e tenho dificuldade em encontrar o meu estilo. Não sei rimar, mas sei criar. Não sei usar regras específicas, mas sei me expressar.
Talvez seja esse então o meu estilo. Não sei escrever tudo bem certinho e perfeito, nem colocar palavras pouco usadas. Gosto do que é popular, cotidiano, do que parece ser simples, mas que carrega um significado por trás. Fazer dos meus dias um livro aberto pode até ser digno de críticas, mas parece que me aproxima das outras pessoas, do mundo. Percebo, assim, que não estou sozinha.
Um dia desses, minha vó leu uns dos meus rascunhos e disse que talvez o meu dom seja escrever. Tá certo que não se pode confiar cegamente no que as avós falam, já que elas amam qualquer coisa que fazemos. Mas descobri que, dessa vez, ela talvez possa estar certa. Com o meu blog, encontrei algo que me faz absurdamente feliz: escrever, ser lida e comentada.
Talvez escrever seja realmente o meu dom. Mas que, com toda certeza, ainda precisa ser explorado e desenvolvido mais. Com o tempo, vou percebendo a diferença na qualidade do que escrevo. Quando mais escrevo, melhor escrevo. Quem sabe um dia não publico um livro com todos os meus posts do blog? E espero que as minhas histórias sejam lidas e inspirem outras pessoas, assim como as da Martha Medeiros me inspiraram.
Wednesday, May 12
" (...) Sometimes,
Sunday, May 9
(...)
Her lips sweet surprise, her hands are never cold, she's got Bette Davis eyes.
She'll turn her music on you, you won't have to think twice.
She's pure as New York snow, she's got Bette Davis eyes.
And she'll tease you, she'll unease you. All the better just to please you.
She's precocious and she knows just what it takes to make a crow blush.
She got Greta Garbo stand up sighs, she's got Bette Davis eyes.
She'll let you take her home, it whets her appetite.
She'll lay you on her throne, she's got Bette Davis eyes.
She'll take a tumble on you, roll you like you were dice until you come at blue, she's got Bette Davis eyes.
She'll expose you, when she snows you off your feet with the crumbs she throws you.
She's ferocious and she knows just what it takes to make a pro blush.
All the boys think she's a spy, she's got Bette Davis eyes
(Bette Davis Eyes - Kim Carnes)
Her lips sweet surprise, her hands are never cold, she's got Bette Davis eyes.
She'll turn her music on you, you won't have to think twice.
She's pure as New York snow, she's got Bette Davis eyes.
And she'll tease you, she'll unease you. All the better just to please you.
She's precocious and she knows just what it takes to make a crow blush.
She got Greta Garbo stand up sighs, she's got Bette Davis eyes.
She'll let you take her home, it whets her appetite.
She'll lay you on her throne, she's got Bette Davis eyes.
She'll take a tumble on you, roll you like you were dice until you come at blue, she's got Bette Davis eyes.
She'll expose you, when she snows you off your feet with the crumbs she throws you.
She's ferocious and she knows just what it takes to make a pro blush.
All the boys think she's a spy, she's got Bette Davis eyes
(Bette Davis Eyes - Kim Carnes)
Tuesday, May 4
Eu, limão
Desculpa, tá? Não me queira mal… É que hoje eu levantei sem acordar, mal saí da cama e já vesti a preguiça. No café da manhã, comi vento com gosto de vazio, pois não senti aquele apetite rotineiro da vida. No almoço, já com fome, comi disposição vencida, que me deixou mal pro resto do dia. Devo ter engolido rápido demais o meu humor. Depois, fiquei com azia.
Além do mais, andei comendo expectativas fora da validade, e aí não houve sobremesa que ajudasse a adoçar as horas seguintes, o açúcar que tinha era pouco pra isso. Depois, o espelho me viu, me provocou e me aborreceu. E ele é muito bom nisso!
Mais tarde deu sede, bebi ironia. Dessas ironias de que é feita a vida, sabe? O efeito foi instantâneo, fiquei ranzinza. Tentei um banho, mas ainda me sentia azeda, apesar de limpa. Lembrei de uma receita antiga para melhorar o astral, mas deixei tempo demais no forno e ficou com gosto de alegria solada.
Desavisado, você chegou me provando, mas o meu sabor era amargo como limão. Mesmo assim, não me cuspiu, fingiu que estava bom, e, com um esforço notável, você me engoliu. Achei tão lindo que também resolvi fingir, fiz que não sabia que eu estava intragável e indigesta, e – sem nenhum esforço - sorri o meu primeiro sorriso do dia.
Eu, limão que era, me espremi inteira, me misturei com água, açúcar e gelo, e preparei uma limonada. Ficou gostoso, acabei de tomar. Que tal agora? Quer provar?
Com jeitinho, acho que posso até virar caipirinha. Alguém arrisca experimentar?
Monday, May 3
"Do you derive joy when someone else succeeds?
Do you not play dirty when engaged in competition?
Do you have a big intellectual capacity but know that it alone does not equate wisdom?
Do you see everything as an illusion but enjoy it even though you are not of it?
Are you both masculine and feminine?
Politically aware and don't believe in capital punishment?
These are 21 things that I want in a lover. Not necessarily needs but qualities that I prefer.
Do you derive joy from diving in and seeing that loving someone can actually feel like freedom?
Are you funny?
À la self-deprecating?
Like adventure and have many formed opinions?
These are 21 things that I want in a lover. Not necessarily needs but qualities that I prefer. I figure I can describe it since I have a choice in the matter.
These are 21 things I choose to choose in a lover. I'm in no hurry, I could wait forever! I'm in no rush cuz I like being solo!
There are no worries and certainly no pressure! In the meantime I'll live like there's no tomorrow...
Are you uninhibited in bed?
More than 3 times a week?
Up for being experimental?
Are you athletic?
Are you thriving in a job that helps your brother?
Are you not addicted?
These are 21 things that I want in a lover! Not necessarily needs but qualities that I prefer!
Are you curious and communicative?"
21 things that I want in a lover - Alanis Morrissete
Do you not play dirty when engaged in competition?
Do you have a big intellectual capacity but know that it alone does not equate wisdom?
Do you see everything as an illusion but enjoy it even though you are not of it?
Are you both masculine and feminine?
Politically aware and don't believe in capital punishment?
These are 21 things that I want in a lover. Not necessarily needs but qualities that I prefer.
Do you derive joy from diving in and seeing that loving someone can actually feel like freedom?
Are you funny?
À la self-deprecating?
Like adventure and have many formed opinions?
These are 21 things that I want in a lover. Not necessarily needs but qualities that I prefer. I figure I can describe it since I have a choice in the matter.
These are 21 things I choose to choose in a lover. I'm in no hurry, I could wait forever! I'm in no rush cuz I like being solo!
There are no worries and certainly no pressure! In the meantime I'll live like there's no tomorrow...
Are you uninhibited in bed?
More than 3 times a week?
Up for being experimental?
Are you athletic?
Are you thriving in a job that helps your brother?
Are you not addicted?
These are 21 things that I want in a lover! Not necessarily needs but qualities that I prefer!
Are you curious and communicative?"
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