Minha professora de Estágio I pediu em aula para escrevermos um texto sobre a escrita na nossa vida. Na hora não rolou (pois não consigo escrever sobre pressão), mas agora, 1 mês depois, saiu o texto. E como mostrar em aula não vai ter graça mais, aqui está:
A primeira lembrança que me vem à cabeça em relação à escrita começa comigo na sétima série. Minha professora de Português, a “sora” Raquel, disse que eu escrevia muito bem, mas na hora não levei a sério porque eu vivia dizendo que “escrever textos era um saco”. Quando fui pro ensino médio, comecei a ler e a gostar da Martha Madeiros, uma escritora que divaga sobre o cotidiano, e não demorou muito até eu perceber que escrever era legal e que levava jeito. Mas me descobri preguiçosa, a idéia vinha e eu não a passava pro papel. Logo, a perdia.
Há pouco tempo, percebi que amo escrever, mas não escrever sobre qualquer coisa. Gosto de contar, em palavras, a minha vida. Não tenho um diário, mas tenho o blog e todos os textos escritos por mim e publicados aqui falam de experiências que eu tive. Sinto prazer em resgatar minhas memórias e encontrar, na língua portuguesa (ou inglesa), um modo de me expressar sobre algo especial (ou não). Na maioria dos casos, recebo comentários de meninas (às vezes meninos) dizendo que já passaram por isso. A maioria meus amigos, claro, mas saber que alguém se identifica com o que escrevo me deixa muito feliz.
Observando as escritas de outras pessoas, percebo que cada um de nós tem o seu estilo e como isso é incrível. Tem os cultos, os engraçados, os estressados, os poetas, os deprimidos e por aí vai... Às vezes me pego pensando sobre isso e tenho dificuldade em encontrar o meu estilo. Não sei rimar, mas sei criar. Não sei usar regras específicas, mas sei me expressar.
Talvez seja esse então o meu estilo. Não sei escrever tudo bem certinho e perfeito, nem colocar palavras pouco usadas. Gosto do que é popular, cotidiano, do que parece ser simples, mas que carrega um significado por trás. Fazer dos meus dias um livro aberto pode até ser digno de críticas, mas parece que me aproxima das outras pessoas, do mundo. Percebo, assim, que não estou sozinha.
Um dia desses, minha vó leu uns dos meus rascunhos e disse que talvez o meu dom seja escrever. Tá certo que não se pode confiar cegamente no que as avós falam, já que elas amam qualquer coisa que fazemos. Mas descobri que, dessa vez, ela talvez possa estar certa. Com o meu blog, encontrei algo que me faz absurdamente feliz: escrever, ser lida e comentada.
Talvez escrever seja realmente o meu dom. Mas que, com toda certeza, ainda precisa ser explorado e desenvolvido mais. Com o tempo, vou percebendo a diferença na qualidade do que escrevo. Quando mais escrevo, melhor escrevo. Quem sabe um dia não publico um livro com todos os meus posts do blog? E espero que as minhas histórias sejam lidas e inspirem outras pessoas, assim como as da Martha Medeiros me inspiraram.
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