Thursday, February 25

O novo

"O problema dos novos começos é que eles precisam de algo para terminar. Alguns finais levam um tempo para se revelarem. Mas quando isso acontece, eles são mais fáceis de ignorar. Alguns começos iniciam tão silenciosamente, que você nem nota quando acontecem. Mas muitos finais vêm quando você menos espera. E o que eles pressagiam é mais negro do que você imagina. Nem todos os começos são para se celebrar. Muitas coisas ruins começam: brigas, época de gripe. E a pior de todas... Quero começar algo." (Gossip Girl)

"Chega de ficar quebrando a cara com os velhos erros de sempre.
Quero cometer erros novos, passar por apertos diferentes, experimentar situações desconhecidas, sair da rotina e do lugar comum.
Este ano eu preciso crescer.
Chega de saber a saída e ficar parado na porta, ensaiando os passos sem nunca entrar na estrada, esperando que me venha o que eu mais preciso encontrar.
Este ano, se eu tiver que sofrer, será por sofrimentos reais, nunca mais por males imaginários, preocupado com coisas que jamais acontecerão.
Chega de planejar o futuro e tropeçar no presente.
Chega de pensar demais e fazer de menos.
Chega de pensar de um jeito e fazer de outro.
Chega do corpo dizer sim e a cabeça, não.
Chega desses intermináveis conflitos que me fazem adiar para nunca a minha decisão.
Este ano eu vou viver."

"Conhecer de novo é interessante, é revigorante
Ver com novos olhos, sentir novos sentimentos, deixar-se invadir por dentro.
Conhecer a parte oculta, aquilo onde só se descobre depois de muitas risadas e boas conversas.
Descobrir as manias que não se via e até os problemas desconhecidos.
Olhar por outro ângulo, sentir novas sensações, deixar-se levar por outras vias.
Percorrer um novo começo, tentar entender as voltas do mundo, mas sem se preocupar muito em compreender quando e como um novo começou a surgir e o porque.
Apenas deixar... Apreciar... Ver o novo no velho e gostar muito do que se vê agora. Daquilo que antes se via, as não enxergava..."
All this feels strange and untrue and I won't waste a minute without you. My bones ache, my skin feels cold and I'm getting so tired and so old. The anger swells in my guts and I won't feel these slices and cuts. I want so much to open your eyes, 'cause I need you to look into mine. TELL ME THAT YOU'LL OPEN YOUR EYES

Get up, get out, get away from these liars, 'cause they don't get your soul or your fire. Take my hand, knot your fingers through mine and we'll walk from this dark room for the last time. Every minute from this minute now we can do what we like anywhere. I want so much to open your eyes, 'cause I need you to look into mine. TELL ME THAT YOU'LL OPEN YOUR EYES

All this feels strange and untrue and I won't waste a minute without you.

(Snow Patrol)

Tuesday, February 23

Preguiça

Palavra que define as minhas férias, o meu atual momento. Mas não é preguiça de acordar cedo, nem de trabalhar, nem de ir pra faculdade. E sim preguiça de atitudes.
Preguiça de quem me pergunta: “O que tem feito?” "Novidades?" Eu odeio ter que responder o que eu tenho feito pra pessoas que perguntam isso, mas no fundo não querem saber o que tenho feito. É só uma forma de preencher uma enorme falta de assunto. Um dia ainda existirá outra maneira de pessoas sem criatividade iniciarem uma conversa.
Preguiça de ter que sorrir e agradar todo mundo em festa. Preguiça de ir a todas as festas. Preguiça de quem não perde uma balada por nada e vai ao banheiro de cinco em cinco minutos com as amigas se olhar no espelho, entupir a boca de gloss e esticar o cabelo.
Preguiça dizer que odeio Lost e 24 horas e que acho um saco assistir a Thaís Araújo e o Zé Mayer dizerem tudo o que a Christiane Torlonni e o próprio Zé Mayer já disseram em outra novela do mesmo autor.
Preguiça de pessoas que se vestem de acordo com o tema da novela das oito. Preguiça de pessoas que falam como os personagens da novela das oito.
Preguiça de dizer que os textos da Clarice Lispector, são bonitinhos, mas na maioria das vezes só servem pra enfeitar perfis de Orkut de meninas que nem sabem quem ela foi.
Preguiça de dizer que ultimamente só tenho lido Martha Medeiros e que tenho passado longe de livros de literatura.
Preguiça de dizer que nem tô pras músicas mais tocadas por aqui e que acho uma chinelagem baixar no celular esses lixos sonoros.
Preguiça de encontrar parentes na fila do supermercado e eles sempre dizerem coisas do tipo: “Ai como estás linda, devem ter milhares de guris atrás de ti. Cadê o namorado?”.
Preguiça de pessoas que andam com bíblias embaixo do braço e saem por aí fazendo todo tipo de maldade, e na sexta feira santa ainda não comem carne: Deus castiga!
Preguiça de pessoas que fazem florzinha de esmalte na unha. Preguiça de pessoas que fazem chapinha e mechas no cabelo.
Preguiça de pessoas princesinhas, coitadinhas, certinhas, chatinhas, “Inhas” em geral.
Preguiça do Faustão aos domingos entrevistando os ex-Big brothers e perguntando: Quem você acha que é o grande jogador da casa? Existe preguiça maior do que do Faustão?
E é por essas e outras que eu não mereço alguém que me leve pra passear e me chame de coisas fofas. Porque no fundo eu sou uma monstra disfarçada com muita maquiagem, que não gosta de fingimentos, não assiste novela das oito e bebe até cair. Meu problema deve estar na preguiça e eu tenho preguiça de resolver meus problemas.

P.S. Tanta preguiça pode gerar criatividade.

Friday, February 12

O Príncipe Sapo: outro ponto de vista

Nota: Há pouco mais de um ano esta releitura foi escrita, pelo meu colega de faculdade Carlos Tiago Mateus (vulgo "Carlos Flies"), do popular conto intitulado "O Príncipe Sapo", isso quer dizer que para entender esta releitura será necessário conhecer o conto original, que está disponibilizado no blog dele. Como gostei muito do texto, resolvi postá-lo aqui:

" Consta na ata da SPH “I” (Sindicato dos Personagens de Histórias “Infantis”) do histórico dia 29 de março do ano 16 d.d (depois da Disney), escrita e organizada pelo Sr Carlos, que é escriba, arquivista, copeiro, faxineiro, eletricista, office boy e organizador dos documentos referentes aos processos da SPH “I” — resume-se estagiário — os depoimentos dos presentes que participaram do conselho deliberativo, realizado mediante as reivindicações do Diretório das Bruxas, onde a principal reclamação é a falta de reconhecimento do papel das bruxas nos contos, com base no Conto Infantil n° 66658 - 46/1, intitulado O Príncipe Sapo, a Bruxa Malvada redigi seu relato:

Presentes na ocasião:

Sº Gepeto – Presidente do SPH “I”
Sª Rapunzel – Coordenadora de Discursos da SPH “I” e garota propaganda da marca de xampus e condicionadores Seda®
Sª Bruxa Malvada – Representante do Diretório das Bruxas do SPH “I” e personagem do Conto n° 66658 - 46/1
Rei – Autônomo e personagem do Conto n° 66658 - 46/1
Jovem Princesa – Estudante de Artes Cênicas e personagem do Conto n° 66658 - 46/1
Príncipe Sapo – Administrador de empresa, ambientalista e personagem do Conto n° 66658 - 46/1.
Henrique – Líder do movimento GLS e personagem do Conto n° 66658 - 46/1

Relato da Sª Bruxa Malvada a respeito dos fatos do conto n° 66658 - 46/1:

No dia 13 de Setembro do ano 7 a.d (Antes da Disney) estava uma tarde chuvosa, na verdade, tempestuosa. Eu estava tranqüilamente preparando umas novas poções que vi no programa Annonimus Bruxa, quando bateram à minha porta, atendi e tive uma surpresa. Era a V.M Rei, trajava um sobretudo escuro com capuz, eu só o reconheci quando um relâmpago iluminou sua face senil, na hora até pensei que fosse o Frank (stein) que vinha trazer as ervas que lhe encomendei, mas era sexta, e sexta é dia do Frank folgar. O que queria o rei, sem escolta, vindo a minha humilde masmorra daquele jeito? Foi o que lhe perguntei depois de convidá-lo para entrar e sentar-se.

Depois de um café e de trocar novidades banais, o Rei contou-me a que veio. Fiquei mais surpresa com seu pedido do que com sua aparição soturna. Ele queria que eu enfeitiçasse o Príncipe do outro reino, impondo a condição de que o feitiço só seria desfeito caso se casasse com sua filha, a Jovem Princesa. O porquê não ousei perguntar, também o código de ética da profissão me impede de questionar meus clientes, como também de recusar o trabalho, apesar de não querer fazer isso com aquele tão simpático príncipe que uma vez me deu até uma vassoura movida a biodiesel de presente, em uma assembléia em defesa do meio ambiente. — Acho que isso é uma maldição que serve como um preço a ser pago pelo poder que é concedido a nós, bruxas. Fazer o quê? É meio injusto, mas justiça, infelizmente, só em contos de fadas —.

Depois de receber metade do pagamento pelo serviço, e escutar algumas lamúrias do rei que se lamentava de alguns aspectos pessoais de sua vida íntima com a rainha, ofereci-lhe uma poção revigorante e ele foi embora com um sorriso no rosto, nessa hora o sol apareceu de novo, parece que o sol sempre aparece quando se ajuda alguém, já percebeu?

Dia 16 de setembro apareceu o Frank, com ele consegui o que precisava para preparar a poção, decidi que transformaria o príncipe em sapo, sei lá o motivo, acho os sapos tão bonitinhos, acho que todos adoram sapos, então pensei: “A princesa vai amar!”. Não sabia o quanto estava enganada.

Fui ao reino do Jovem Príncipe com olhos brilhantes, disfarcei-me de loira da marca de cerveja Scroll, e é claro, disfarcei a poção, o fiz em forma de cerveja — às vezes fico impressionada de ver como sou esperta, é mais do que experiência, acho que nasci para isso, mas retornemos aos fatos —, fui a uma feira que acontecia na cidadela do reino, na praça estavam muitas pessoas, desde burgueses, realezas até camponeses comuns, descobri que acontecia ali a 15º Feira do Pergaminho, que sorte! Não podia ser melhor, não precisaria de uma boa desculpa para armar uma barraca e oferecer cervejas ao público.

Esperei pacientemente até aparecer o príncipe, ele surgiu e procurei a cerveja falsa, mas para meu infortúnio, percebi que já havia dado a cerveja falsa por acidente ao Zangado quando ele apareceu na barraca. Contudo, como sou inteligentemente prevenida, além de linda — desculpem-me pela falta de modéstia, mas sou D+, vamos combinar! —, tinha preparado uma poção reserva, ali estava ela, ofereci ao pobre príncipe, ele bebeu de um só gole, pediu mais cerveja depois, dei-lhe e ele se foi todo agradecido e meio tonto. Como demoraria umas vinte quatro horas para surtir efeito, tive que sair dali e espiar se o plano daria certo — às vezes as poções falham —, até mesmo por que não havia mais cerveja, ainda faturei uma grana com as vendas — e não é que dá dinheiro isso! —.

Com o tempo livre e uns dobrões a mais, aproveitei para comprar alguns pergaminhos, finalmente achei a obra de um escritor novo chamado Jesus, que possui doze heterônimos, esse jovem se diz filho de deus, não duvido, mil vezes já aconselhei Zeus a usar preservativo, mas ele sempre ignora, depois acontece como aconteceu com Hércules e lá vai pensão. Dizem que seu best-seller intitulado A Bíblia Sagrada será referência de vida para pelo menos metade das pessoas do mundo, mas pode ser só mais um exagero da crítica.

Voltei para casa, descansei um pouco, depois me transformei em mariposa e fui espiar o Jovem Príncipe. Cheguei lá e ali estava ele na cama, tendo convulsões e babando muito, a poção estava funcionando — uma pena essa metamorfose ser tão desconfortável, ele não precisaria passar por isso —. Acabou que virou um belo sapo, não um sapo qualquer, um altivo sapo, um verdadeiro sapo majestade. Foi por pouco que não viro o jantar, acabei esquecendo o fato de os seres recém transformados surgirem loucos de fome, sendo assim, estava estática ali admirando minha obra e quase recebi uma linguada, lembra que eu estava na forma de uma mariposa? Pois é, por um segundo quase fatal eu esqueci.

Lembro que na universidade nunca algum professor me disse para não informar as minhas “vítimas” como se libertar do feitiço, isso sempre gera uma polêmica danada na Assembléia das Bruxas, umas adotam o silêncio, outras preferem falar sempre, e outras ainda julgam se falam ou não dependendo da vítima, eu me encaixo no último perfil e como julguei por bem que seria melhor contar ao jovem, assim fiz, contei-lhe tudo, até quem encomendou a mandinga — termo feio, mas é quase isso —, claro que fiz isso depois de mostrar minha identidade, não arriscaria uma segunda vez virar comida de sapo, e pela cara que o jovem Príncipe Sapo fez quando lhe contei, seria exatamente esse meu destino. Após isso o deixei no lago onde a princesa brincava, lá ele comeu muitos insetos — E cá entre nós, acho que acabou até gostando —.

E como a Jovem Princesa conheceu seu marido já é sabido, assim como o que sucedeu depois... (vide o conto O príncipe Sapo acima).

Agora umas considerações adicionais:

É evidente que o príncipe se apaixonou pela princesa assim que a viu, e que a princesa se apaixonou pelo Jovem Príncipe Sapo, assim que deixou de ser sapo. Tudo acabou bem, houve um final feliz.

Príncipe e Princesa: Casaram-se, conquistaram mais reinos e estão mais apaixonados do que nunca, o príncipe ainda come alguns insetos escondido. Tiveram dois filhos: Um garoto agora com 18 anos chamado João, ama surfar. Uma garota agora com 17 anos chamada Maria — eles não têm muita criatividade para nomes, não é mesmo? —, hoje ela tem uma casa de doces, toda feita de... DOCES!

Rei: Conseguiu muito poder desde que o príncipe casou com sua filha, seu nome está virando lenda, até teve mais um filho, o que deveria ser impossível — realmente minhas poções são muito boas, estou pensando até em lançar uma linha —. Batizaram a criança e a chamaram de Arthur — agora batizam as crianças, não consigo me lembrar onde foi que li sobre esse costume —, agora ele está com 23 anos e é um jovem valente e possui um espírito muito forte de liderança.

Henrique: Oh! É mesmo! Henrique também achou seu sapo, ele é meio mal humorado, mas Henrique e ele se dão muito bem!

Fim do relato!

Sº Presidente Gepeto:

- Muito bem. Os presentes no conselho afirmam o testemunho dos fatos acontecidos?

Jovem Príncipe exclama exaltado:

- Eu não como insetos nada!

O Rei, vermelho que parecia um tomate, tenta esboçar um comentário:

- Bem... Sobre aquele probleminha... Eh... Na verd...

Presidente Gepeto interrompe:

- Fora os pormenores que não cabem aqui! Alguém nega os fatos mencionados?

Todos:

- Não.

Rapunzel:

- Então tem algo mais a declarar Sª Bruxa Mal... Ha... Hum! Digo: A Sª Bruxa?

Bruxa:

- Sobre os fatos não, foi tudo exatamente como relatei.

Pres. Gepeto:

- Muito Bem! Está evidente que as bruxas estão sendo discriminadas realmente, no conto n° 66658 - 46/1, intitulado O Príncipe Sapo, além de não constar praticamente a presença importantíssima da bruxa, ela é taxada de malvada, maligna e outras injurias nunca merecidas, porque senão fosse o papel dessas trabalhadoras competentes, nenhum de nós estaria aqui dessa maneira hoje, posso dizer isso até porque já fui agraciado pela magia benevolente dessas profissionais de caráter, ou acham que quem deu vida ao meu filho Pinóquio, hoje presidente da república, foi a Barbie? Sendo assim, com o poder a mim concedido, mandarei organizar uma comissão que terá como objetivo primordial, fundar medidas que além de mostrar o papel digno dessas fadas mal vistas, irá proporcionar a cada uma delas o respeito e admiração que merecem. Corrigiremos não só o conto O Príncipe Sapo, mas também todos os tantos que tiverem de ser reescritos. Declaro assim encerrado o Conselho Deliberativo.

Todos aplaudem. Assim, pela primeira vez, naquele dia 29 de março de 0016 d.d, a justiça foi feita e todas as bruxas, ao mesmo tempo, tiveram um final feliz também.

Epa epa! Não quer saber o que aconteceu comigo?

Eu, a Bruxa Ex-Malvada: Virei presidente da Assembléia das Bruxas, mas abdiquei do cargo porque era muito burocrático e monótono, do que eu gosto mesmo é de estar no campo de batalha, meus trabalhos se multiplicaram exponencialmente após o dia 29. Fiquei milionária, pois abri uma fábrica de poções revigorantes, entre outras coisas, recebo presentes todos os dias de maridos e esposas satisfeitos. Ganhei um contrato com a Scroll, virei garota propagandas, sabe aquela tchutchuca que aparece com a cerveja e faz os homens babarem? Sou eu! Acho que virei a pessoa mais amada do mundo, deve ser porque todos os dias faço o sol brilhar para alguém. Beijinhos!!

The End...? "

Cerveja bem, Campari as coisas e a Champanhe meu raciocínio:

A vida é Drurys, mas dá muitas vodkas. Eu vinho de longe, só com um ponche nos ombros, mas encontrei uma caipirinha ao passear no chopp e me Amaretto nela. Estou vivendo uma paixão aguardente, apesar de já ter 51. Por isso repito, cerveja bem, nem tudo é rum e sempre pinga álcool de bom.

Thursday, February 11

Prince Charming?


I feel ripped off by Disney movies. I grew up believing that my very own Prince Charming would find me, and it would be lovely, and I would be happy forever and there would never be a spider in the bath, or a blown light bulb when I'm home alone, or a rainy day when I missed the bus. My Prince Charming would never let me feel sad. I honestly believed that, because seeing is believing, and that was all I'd seen.

But I was little then, and now (...) I wonder if Prince Charmings even exist. I know I'm too young to feel like this, but I'm glad of it. I'm glad I've realized now that even if I did find that perfect boy for me, sometimes spiders might still crawl up through the drain and I might only see them once I'd gotten all my bubble bath and candles ready. And I know that bus drivers are dickheads and won't stop driving for someone who's running to the stop, even if I do find the love of my life. I am glad that I know, now, that it's okay if I never have a man like Prince Eric or Aladdin. Because Eric fucked a fish lady and Aladdin wears stupid pants anyway, and they couldn't solve all my problems with a pretty song and dance.

So I feel ripped off by Disney movies, because they lied to me when I was just a gullible little kid, and made me wish I could go to a ball and find the love of my life. I feel ripped off, because they made me hope for something impossible. I feel ripped off, because what I've learned in my short life is not to believe what you see in movies. And now, if my very own Prince Charming came along, I wouldn't even see him.
(Le Love)

Sunday, February 7

férias e inspiração não combina.